São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2001

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TÊNIS

Ao contrário de todos os outros grandes favoritos em Roland Garros, brasileiro optou por preparação sem jogos oficiais

Guga leva vantagem no fôlego em Paris

DA REPORTAGEM LOCAL

Na próxima segunda-feira, quando começa a edição 2001 de Roland Garros, o maior favorito da competição, o brasileiro Gustavo Kuerten, será também o tenista menos desgastado para enfrentar as duas semanas do torneio entre os grandes favoritos ao título do Grand Slam francês.
Entre os dez primeiros cabeças-de-chave, nenhum terá jogado tão pouco nas duas semanas anteriores ao início do torneio.
Eliminado logo na primeira rodada do Masters Series de Hamburgo, na semana passada, Kuerten preferiu se refugiar com Larri Passos, seu técnico, em treinos particulares, longe das competições oficiais, das entrevistas obrigatórias e da convivência diária com seus adversários.
Já as outras estrelas emendaram o torneio alemão com a Copa das Nações nesta semana.
O espanhol Juan Carlos Ferrero, maior adversário do brasileiro em Paris, só não disputa a competição de países por contusão, mas antes já havia disputado seis jogos em Hamburgo.
Outro grande rival de Guga no saibro de Roland Garros, o australiano Lleyton Hewitt, carrasco do brasileiro na última etapa da Copa Davis, em Florianópolis, tinha até ontem, sem contar partidas de duplas, sete jogos desde a segunda-feira retrasada.
"Esses dias foram muito importantes para a recuperação mental porque tem uma hora que o atleta cansa de fazer todos os dias a mesma coisa, de acordar no torneio, jogar, treinar etc", diz Larri Passos, que ontem treinou com seu jogador pela primeira vez no complexo de Roland Garros.
Com mais tempo de preparação, Kuerten também pode se dar ao luxo de participar de alguns eventos promocionais em Paris.
Amanhã, por exemplo, estará distribuindo autógrafos em um estande do seu patrocinador e fornecedor de material esportivo.
No sábado, será a vez de comparecer a um evento da empresa que faz as raquetes que utiliza.
Apesar da agenda cheia e da pressão de defender a liderança do ranking de entradas e o título do ano passado, o brasileiro demonstra entusiasmo por estar em Roland Garros.
"É uma sensação de felicidade muito grande voltar aqui. É muito gostoso ouvir as pessoas chamando o seu nome, te cumprimentando, desejando sorte. Isso te anima muito e só dá mais motivação", afirmou o tenista brasileiro.



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