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BASQUETE
Ala do Flamengo, que anunciara despedida das quadras após o Nacional, não tem mais data para se aposentar
Oscar volta atrás e vai continuar jogando
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Após fazer suspense sobre o final da carreira, Oscar Schmidt, 44,
anunciou ontem que continuará
jogando pelo Flamengo.
Ele alegou que não poderia se
despedir das quadras após o ocorrido na partida contra o COC/Ribeirão, na terça-feira, quando foi
expulso depois de ter aplaudido
ironicamente as marcações do árbitro Francisco Lima.
"Sonhei com uma despedida
digna, mas esse sonho virou pesadelo. Conversei com minha mulher e com o presidente [Edmundo Santos Silva] e vou continuar
sendo o capitão do Flamengo."
Apesar de ter dito que jogará o
Estadual do Rio, a despedida do
jogador poderá acontecer antes
do início da competição. Segundo
ele, a decisão de parar definitivamente será tomada de surpresa.
"Não marco mais o dia de parar.
Se decidir que vou parar amanhã,
todo mundo vai saber", afirmou.
O atleta até planejou jogos de
despedida. Segundo ele, seriam
duas partidas, em Natal e Brasília,
entre o Flamengo e a seleção brasileira que ganhou o ouro no Pan-Americano-87, em Indianápolis.
No início do ano, Oscar disse
que encerraria a carreira após a
disputa do Nacional, que terminou para ele na terça, com a derrota do Flamengo para o COC/Ribeirão por 84 a 78. Com a vitória,
a equipe paulista fechou a série
em 3 a 0 e chegou às semifinais.
Oscar também contou que iniciou a carreira de dirigente do Flamengo e que tem um projeto para
amenizar a crise financeira do
clube. "Quero ajudar no basquete,
no futebol, no que for", afirmou
ele, acrescentando que sonha em
ser presidente do Flamengo.
Oscar disse estar motivado para
jogar o Estadual. O torneio pode
ser esvaziado devido à crise de
Vasco e Fluminense, que estudam
desfazer suas equipes. "Vou lutar
com vontade para ganhar o Estadual. Se não tiver campeonato, faremos amistosos", disse o ala.
Oscar voltou a criticar o juiz da
partida de terça. Segundo ele, sua
expulsão foi um "ato de revanchismo". "Todos os juízes já foram aplaudidos ironicamente. Ele
perdeu a cabeça violentamente."
Para ele, falta profissionalismo
aos juízes. "Os árbitros brasileiros
usam o basquete como um bico.
Tem que ser profissional, como
no resto do mundo", reclamou.
Oscar reafirmou o sonho de
presidir a CBB (Confederação
Brasileira de Basquete) ao lado de
Hortência. "Acho que muita coisa
pode melhorar, principalmente
essa história dos patrocinadores
deixarem o basquete para investir
em outros esportes", disse.
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