São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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Em final de atacante só, Milan triunfa

Time italiano se vinga do Liverpool na decisão da Copa dos Campeões com dois gols de Inzaghi, eleito o homem do jogo

Mustafa Ozer/France Presse
Filippo Inzaghi, dois gols na final de ontem, observa Kaká levantar o troféu da Copa dos Campeões


Milan 2
Liverpool 1

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Milan está mais do que acostumado a jogar com só um atacante. O Liverpool não. Os dois times entraram em campo ontem em Atenas jogando assim, e o clube italiano saiu campeão. Uma vitória de 2 a 1, com dois gols de Inzaghi, o solitário homem de frente do Milan, deu o sétimo título da Copa dos Campeões para o time de Kaká.
Com o resultado, a Itália se iguala à Espanha em conquistas do mais nobre interclubes europeu -são 11 taças para cada país. O Milan, hepta, aproxima-se do Real Madrid, recordista com nove troféus. O Liverpool mantém-se penta.
A final de ontem teve a decisão de 2005 em Istambul como pano de fundo, mas, como já era esperado, não chegou perto daquele épico 3 a 3 em termos de emoção. O Liverpool terminou o primeiro tempo atrás no marcador, mas foi vazado aos 45min, e não no primeiro minuto, como há dois anos.
A marcação imperou nos dois lados. O técnico do Liverpool, o espanhol Rafael Benítez, levou a melhor sobre o italiano Carlo Ancelotti na decisão que foi para os pênaltis em 2005, mas, desta vez, usou uma fórmula consagrada pelo treinador adversário e se deu mal.
A equipe inglesa começou só com o holandês Kuyt na frente. O Liverpool reforçou seu meio, apostando em Pennant na direita e Zenden na esquerda. Gerrard ganhou mais liberdade, e o Liverpool até teve o controle do jogo no primeiro tempo, mas não ameaçou tanto o gol de Dida como em 2005.
O Milan, que já vinha apostando em sua campanha em Inzaghi como atacante solitário, manteve seu padrão. Maldini, que se recuperou fisicamente para jogar sua oitava final de Copa dos Campeões (igualou a marca de Gento, ex-Real Madrid), não foi muito exigido e acabou erguendo outra taça.
Quando tudo apontava para uma etapa sem gols, Kaká foi derrubado na entrada da área. E o Milan, que mal ameaçara, conseguiu o gol com sorte. Pirlo bateu a falta no canto em que caía o goleiro Reina, mas a bola desviou em Inzaghi e foi para a rede. O gol foi dado para o atacante, eleito o homem do jogo.
""Existem coisas que serão lembradas por toda a vida. Marquei várias vezes em competições européias, mas fazer gol na final da Copa dos Campeões é algo especial", afirmou Inzaghi, que contabiliza agora 38 gols no prestigioso torneio.
Os times voltaram sem alterações para a segunda etapa. ""Jogamos bem o primeiro tempo, mas sofremos o gol em um lance de azar", falou Benítez.
Ele só colocou o atacante Crouch a 12 minutos do final -entrou na vaga de Mascherano. Com mais espaço, Kaká serviu Inzaghi quando faltavam só oito minutos para o fim. O atacante driblou Reina e fez o segundo do Milan. ""O segundo gol foi mais bonito", disse ele.
O Liverpool ainda descontou aos 44min com uma cabeçada de Kuyt, mas a histórica reação do time em 2005 não teve bis.
""A derrota de 2005 ficará em mim por toda a vida, mas a história agora foi diferente. É a nossa vez de celebrar hoje", falou Gattuso, um dos símbolos do Milan de Ancelotti -um técnico bicampeão europeu agora.
""Foi um jogo difícil, como toda a temporada. Começamos devagar, mas crescemos", falou Ancelotti, cujo Milan iniciou o Italiano com pontuação negativa por manipulação de resultados (pela punição original, nem jogaria a Copa dos Campeões).


Com agências internacionais


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