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Em final de atacante só, Milan triunfa
Time italiano se vinga do Liverpool na decisão da Copa dos Campeões com dois gols de Inzaghi, eleito o homem do jogo
Mustafa Ozer/France Presse
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Filippo Inzaghi, dois gols na final de ontem, observa Kaká levantar o troféu da Copa dos Campeões |
Milan 2
Liverpool 1
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Milan está mais do que
acostumado a jogar com só um
atacante. O Liverpool não. Os
dois times entraram em campo
ontem em Atenas jogando assim, e o clube italiano saiu campeão. Uma vitória de 2 a 1, com
dois gols de Inzaghi, o solitário
homem de frente do Milan, deu
o sétimo título da Copa dos
Campeões para o time de Kaká.
Com o resultado, a Itália se
iguala à Espanha em conquistas do mais nobre interclubes
europeu -são 11 taças para cada país. O Milan, hepta, aproxima-se do Real Madrid, recordista com nove troféus. O Liverpool mantém-se penta.
A final de ontem teve a decisão de 2005 em Istambul como
pano de fundo, mas, como já
era esperado, não chegou perto
daquele épico 3 a 3 em termos
de emoção. O Liverpool terminou o primeiro tempo atrás no
marcador, mas foi vazado aos
45min, e não no primeiro minuto, como há dois anos.
A marcação imperou nos
dois lados. O técnico do Liverpool, o espanhol Rafael Benítez, levou a melhor sobre o italiano Carlo Ancelotti na decisão que foi para os pênaltis em
2005, mas, desta vez, usou uma
fórmula consagrada pelo treinador adversário e se deu mal.
A equipe inglesa começou só
com o holandês Kuyt na frente.
O Liverpool reforçou seu meio,
apostando em Pennant na direita e Zenden na esquerda.
Gerrard ganhou mais liberdade, e o Liverpool até teve o controle do jogo no primeiro tempo, mas não ameaçou tanto o
gol de Dida como em 2005.
O Milan, que já vinha apostando em sua campanha em Inzaghi como atacante solitário,
manteve seu padrão. Maldini,
que se recuperou fisicamente
para jogar sua oitava final de
Copa dos Campeões (igualou a
marca de Gento, ex-Real Madrid), não foi muito exigido e
acabou erguendo outra taça.
Quando tudo apontava para
uma etapa sem gols, Kaká foi
derrubado na entrada da área.
E o Milan, que mal ameaçara,
conseguiu o gol com sorte. Pirlo
bateu a falta no canto em que
caía o goleiro Reina, mas a bola
desviou em Inzaghi e foi para a
rede. O gol foi dado para o atacante, eleito o homem do jogo.
""Existem coisas que serão
lembradas por toda a vida.
Marquei várias vezes em competições européias, mas fazer
gol na final da Copa dos Campeões é algo especial", afirmou
Inzaghi, que contabiliza agora
38 gols no prestigioso torneio.
Os times voltaram sem alterações para a segunda etapa.
""Jogamos bem o primeiro tempo, mas sofremos o gol em um
lance de azar", falou Benítez.
Ele só colocou o atacante
Crouch a 12 minutos do final
-entrou na vaga de Mascherano. Com mais espaço, Kaká serviu Inzaghi quando faltavam só
oito minutos para o fim. O atacante driblou Reina e fez o segundo do Milan. ""O segundo
gol foi mais bonito", disse ele.
O Liverpool ainda descontou
aos 44min com uma cabeçada
de Kuyt, mas a histórica reação
do time em 2005 não teve bis.
""A derrota de 2005 ficará em
mim por toda a vida, mas a história agora foi diferente. É a
nossa vez de celebrar hoje", falou Gattuso, um dos símbolos
do Milan de Ancelotti -um técnico bicampeão europeu agora.
""Foi um jogo difícil, como toda a temporada. Começamos
devagar, mas crescemos", falou
Ancelotti, cujo Milan iniciou o
Italiano com pontuação negativa por manipulação de resultados (pela punição original, nem
jogaria a Copa dos Campeões).
Com agências internacionais
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