São Paulo, domingo, 24 de maio de 2009

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Promessas santistas desbravam o Maracanã

Neymar e Eli Sabiá jogam hoje, contra o Fluminense, pela 1ª vez no estádio

Vagner Mancini, que como treinador só esteve 3 vezes na maior arena brasileira, se diz preocupado com a imaturidade de seus atletas

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Sede de uma final de Copa do Mundo, palco do milésimo gol de Pelé e, durante décadas o maior estádio do mundo, o Maracanã será desbravado hoje por alguns santistas que enfrentam o Fluminense, às 16h.
Um deles é o garoto Neymar, 17. Promovido das categorias de base do Santos neste ano, o atacante já coleciona elogios, gols e, ultimamente, também cobranças por suas recentes atuações, muito apagadas.
Hoje, pela primeira vez, o camisa 7 estará no Maracanã.
"Eu sempre brincava na base. A gente ia jogar no CT, em outros lugares, e a gente falava: "Você não vai jogar no Maracanã lotado". Agora espero pegar o Maracanã lotado e ir bem", falou o atacante santista.
Outro que deve estrear hoje é Eli Sabiá, 20. E uma estreia dupla. Recém-contratado pelo Santos, o zagueiro deve fazer seu primeiro jogo pelo clube e o primeiro no Maracanã. O beque deve substituir Fabiano Eller, que foi tirado do time por estar negociando sua saída.
O atacante André, 18, que substituiu Kléber Pereira durante o empate (3 a 3) com o Goiás, no domingo passado, também pode jogar pela primeira vez no Maracanã. Deve começar o jogo na reserva.
Mas não são só para os jogadores que o Maracanã é novidade. O estádio carioca não é para Vagner Mancini um terreno muito familiar -pelo menos em sua carreira como técnico.
Nos quatro anos como treinador, Mancini visitou o maior estádio brasileiro apenas três vezes. Com o Paulista, em 2005, empatou em 2 a 2 com o Botafogo. No Brasileiro do ano passado, no comando do Vitória, um triunfo (Flamengo) e uma derrota (Fluminense).
Mas, para Mancini, o Rio de Janeiro traz boas lembranças. Foi em São Januário que o treinador conquistou seu maior título: a Copa do Brasil de 2005 pelo Paulista, justamente contra o adversário de hoje.
Em sua quarta partida no Maracanã, o técnico se preocupa com a falta de maturidade de alguns atletas. Após o empate de domingo passado, contra o Goiás, na Vila Belmiro, o treinador disse que faltou experiência ao time - que cedeu o empate no final.
"Às vezes é preciso acelerar o processo de maturação do jogador e a única forma de fazer isso é colocando o cara no jogo."
O técnico santista lamentou a ausência do experiente Fabiano Eller, mas comemorou o retorno de Léo, 33, que volta ao time após quase três meses se recuperando de uma lesão.
"O Léo é um jogador muito experiente, muito importante. O que não sabemos é se ele vai aguentar jogar o jogo todo."
No último treino coletivo, Mancini deixou duas dúvidas em relação ao time que inicia o jogo hoje. Testou Eli Sabiá e Domingos na zaga ao lado de Fabão e, durante o treino, trocou Neymar por Molina.
"Tenho algumas dúvida ainda, até porque [a escalação] depende muito do que o Parreira vai colocar em campo do outro lado", falou Mancini.
Pelo lado do Fluminense, o técnico Carlos Alberto Parreira disse que não há tempo para lamentar a eliminação na Copa do Brasil. "Precisamos entrar com tudo no Brasileiro", disse.


NA TV - Fluminense x Santos

Globo (para SP) e Band (para SP), ao vivo, às 16h


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