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Circo fechado
Decisão de Dunga de esconder os jogadores afeta até patrocinadores, que pagam mais de R$ 200 mi à CBF
Jogadores da seleção treinam em Curitiba
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A CURITIBA
Não é só a mídia que tem
as portas fechadas na seleção brasileira de Dunga.
Apesar de pedidos à comissão técnica e promessas
de "total acesso à seleção e
aos bastidores", os patrocinadores da CBF, que pagam
à entidade mais de R$ 200
milhões por ano, também sofrem com a blindagem montada para proteger o time que
vai disputar a Copa de 2010.
Anteontem, a Nestlé, sem
sucesso pelo menos nesse
dia, queria que um fotógrafo
a serviço da empresa entrasse no CT do Atlético-PR, onde
o time treina até quarta-feira,
para mostrar que seus produtos estavam sendo consumidos pelos jogadores.
Gillette e Vivo, outras patrocinadoras da confederação, contrataram equipes de
TV e fotógrafos para mostrar
o cotidiano da seleção.
A primeira promete uma
cobertura extensiva e exclusiva, em equipe, segundo comunicado divulgado à imprensa, "credenciada pela
Fifa e CBF, que irá à Copa do
Mundo e terá total acesso à
seleção e aos bastidores".
A Vivo, há alguns anos,
contratou uma equipe de TV
para produzir imagens para
seus clientes. Na Copa, vai
aumentar sua cobertura. Mas
a empresa de telefonia diz
que não espera privilégio algum no acesso à seleção por
ser patrocinadora da CBF.
No ano passado, a Nike
também não conseguiu entrar na privacidade da seleção, quando o time fez amistoso na Estônia. Um famoso
fotógrafo italiano foi contratado para clicar os jogadores.
Ele esperava entrar até no
vestiário, mas seus planos foram vetados pela comissão
técnica chefiada por Dunga.
A assessoria de imprensa
da CBF informou que os patrocinadores da seleção não
têm acesso aos bastidores da
equipe de Dunga durante o
período de preparação em
Curitiba. Segundo o órgão,
eles poderão usar apenas as
fotos e imagens disponibilizadas pelos funcionários da
entidade no site da CBF.
Segundo a assessoria, o
único que pode mudar a regra é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira -anteontem,
a Nestlé recebeu esse aviso.
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