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Torcida se divide entre locais e organizados
ENVIADO A BELO HORIZONTE E
A PORTO ALEGRE
A arquibancada e as cadeiras das torcidas visitantes
são separadas em dois grandes grupos característicos.
De um lado, estão os membros das organizadas, que
viajam e chegam em conjunto. São identificados pelas
camisas das uniformizadas e
pelos gritos ensaiados.
Do outro lado, estão os torcedores que vivem na cidade
onde se realiza o jogo. São
pessoas que nasceram no local de origem dos times e se
mudaram ou fãs surgidos
longe da sede do clube.
Mais raros, há os seguidores dos times que viajam por
conta própria, sem possuir
nenhuma ligação com as torcidas uniformizadas.
"Peguei aquela época boa
de 92 e 93 [títulos mundiais].
Tinha que virar são-paulino", contou o dentista mineiro, Thiago Silveira, 25, da Independente de Minas Gerais.
Torcedores como ele fizeram o sotaque mineiro ter
presença forte no setor são-
-paulino do Mineirão. Assim
como era perceptível a entonação gaúcha em gritos corintianos no Olímpico.
O cenário provoca situações inusitadas, como um
policial reclamando, bem-
-humorado, de um conterrâneo de Passo Fundo torcer
para o Corinthians.
Entre os migrantes, estava
a desempregada Soraia Maçãs, 45. Nascida em São Paulo, ela exibia uma tatuagem
corintiana na perna.
"Tenho que cobrir quando
tem jogo do Corinthians contra times daqui do Sul."
Entre os organizados, o time tem uma forte presença
em suas vidas. "A mulher
tem que ser de arquibancada
e entender que o Corinthians
é o primeiro amor", explica
Fernando de Assis, 32, da Gaviões da Fiel.
(RM)
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