São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2010

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Torcida se divide entre locais e organizados

ENVIADO A BELO HORIZONTE E A PORTO ALEGRE

A arquibancada e as cadeiras das torcidas visitantes são separadas em dois grandes grupos característicos.
De um lado, estão os membros das organizadas, que viajam e chegam em conjunto. São identificados pelas camisas das uniformizadas e pelos gritos ensaiados.
Do outro lado, estão os torcedores que vivem na cidade onde se realiza o jogo. São pessoas que nasceram no local de origem dos times e se mudaram ou fãs surgidos longe da sede do clube.
Mais raros, há os seguidores dos times que viajam por conta própria, sem possuir nenhuma ligação com as torcidas uniformizadas.
"Peguei aquela época boa de 92 e 93 [títulos mundiais]. Tinha que virar são-paulino", contou o dentista mineiro, Thiago Silveira, 25, da Independente de Minas Gerais.
Torcedores como ele fizeram o sotaque mineiro ter presença forte no setor são- -paulino do Mineirão. Assim como era perceptível a entonação gaúcha em gritos corintianos no Olímpico.
O cenário provoca situações inusitadas, como um policial reclamando, bem- -humorado, de um conterrâneo de Passo Fundo torcer para o Corinthians.
Entre os migrantes, estava a desempregada Soraia Maçãs, 45. Nascida em São Paulo, ela exibia uma tatuagem corintiana na perna.
"Tenho que cobrir quando tem jogo do Corinthians contra times daqui do Sul."
Entre os organizados, o time tem uma forte presença em suas vidas. "A mulher tem que ser de arquibancada e entender que o Corinthians é o primeiro amor", explica Fernando de Assis, 32, da Gaviões da Fiel. (RM)


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