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Brasil almeja ser o novo centro do judô
Forte nos bastidores, país pode ter recorde de eventos
EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Os Jogos de 2016 e o prestígio político do presidente da
Confederação Brasileira de
Judô, Paulo Wanderley Teixeira, abriram a possibilidade de o Brasil, a partir de
2012, tornar-se o principal organizador de eventos da modalidade, com três competições de ponta anualmente.
O Brasil entregou à Federação Internacional de Judô a
candidatura ao Mundial de
equipes, em 2012, e informou
à entidade o desejo de receber o individual, em 2013.
Segundo a Folha apurou,
o cartola da FIJ crê ainda que
o país possa receber o Masters, mas sem data definida.
O assunto será discutido
no próximo fim de semana,
paralelamente ao Mundial
de veteranos, em Budapeste.
A definição de quem levará o
Mundial por equipes pode
acontecer na Hungria.
Esse campeonato, evento
inédito no Brasil, já tem local
certo para acontecer se for
confirmado para o país: Salvador. Sua organização tem
apoio do governo da Bahia.
Como o Rio recebe o Grand
Slam até 2012 e São Paulo sediará uma etapa da Copa do
Mundo até a mesma data, o
Brasil organizaria, no ano
das Olimpíadas de Londres,
três competições de ponta.
Nenhuma nação tem três
eventos desse porte. O Brasil
já é o único país a ter dois torneios fixos para a elite.
Hoje, ao lado do Brasil, o
país que mais competições
fortes organiza em um mesmo ano é o Japão -neste ano
tem o seu Grand Slam e também o Mundial individual.
A FIJ vê com bons olhos o
fato de o Rio receber os Jogos
Olímpicos de 2016.
Isso é citado por dirigentes
como um dos fatores que trabalham favoravelmente à cidade, que já demonstrou interesse em recepcionar o
Mundial individual de 2013.
Durante a abertura do
Grand Slam, o governador do
Rio, Sérgio Cabral, disse que
a cidade está na disputa.
Mas, em evento de lançamento da etapa paulista da
Copa do Mundo, o presidente
da FIJ, Marius Vizer, indicou
que o Mundial poderia acontecer em São Paulo.
Será, então, necessário definir internamente qual vai
ser a cidade postulante.
Outro fator que pesa de
forma benigna ao país na
questão das candidaturas é o
prestígio político internacional de Paulo Wanderley, que
também preside a confederação pan-americana.
Essa entidade substituiu,
no início deste mês, a união
pan-americana, cujos dirigentes viviam um conflito
com a federação internacional. O atual presidente da FIJ
foi eleito em 2007, no Rio.
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