DE SÃO PAULO

Em meio a um conflito verbal com o presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), Julio Grondona, Diego Maradona afirmou que o cartola foi conivente com um esquema de dopagem em massa da Argentina nas eliminatórias da Copa-1994.
O ex-jogador e técnico da seleção no Mundial-2010 disse em um programa de TV que o time contou com a ajuda de substâncias proibidas para ganhar vaga no torneio.
Segundo Maradona, os jogadores tomaram cafés batizados antes do encontro com a Austrália, pela repescagem das eliminatórias -empatou a partida de ida e venceu o jogo disputado em casa.
"O Grondona nos disse que não haveria controle antidoping naquela partida. Colocavam algo no café, e nós corríamos mais", disse.
O ex-jogador insinuou que o presidente da AFA tenha ligação com a ausência dos exames. "Fazem dez jogos com controles, e, na partida em que a classificação está em jogo, não tem."
A nova série de troca de acusações começou na semana passada, quando Maradona disse que Grondona está velho e precisa deixar a presidência da federação, cargo que ocupa desde 1979.
O dirigente respondeu que está velho por causa da idade, e não por "problemas criados", em referência ao vício em drogas do antigo camisa 10. Maradona, que diz estar limpo há sete anos, prometeu levar o caso à Justiça.
A complicada relação entre os dois se transformou em uma guerra pública depois do afastamento do treinador da seleção, em julho passado. O ex-jogador se disse traído pelo cartola, que, segundo ele, armou uma situação para evitar sua permanência.


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