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TURQUIA
Time lembra que algoz se redimiu ao bater Costa Rica
Atletas turcos revelam gratidão a brasileiros
DO ENVIADO A YOKOHAMA
Os jogadores da Turquia têm feito piadas, mas dizem não guardar rancor dos brasileiros.
Os atletas turcos que se envolveram em lances polêmicos na primeira fase, quando as duas seleções se enfrentaram logo na estréia, dizem ter admiração pelo
futebol verde-amarelo e não responsabilizam os adversários pelos incidentes da estréia.
O zagueiro Alpay Ozalan, 29,
que foi expulso após cometer falta
em Luizão, em lance em que o juiz
se equivocou e marcou pênalti,
disse que aquela partida já faz
parte do passado.
""O que passou, passou. Perdemos para eles [brasileiros", mas
não podemos nos esquecer que,
se nos classificamos, foi também
porque eles jogaram com seriedade na última partida", disse o atleta, em entrevista à TV turca.
Ozalan referia-se ao fato de o
Brasil ter goleado a Costa Rica. Se
tivesse empatado, seriam os costarriquenhos que teriam se classificado em segundo no Grupo C. A
Turquia, mesmo derrotando a
China, ficaria fora.
Hakan Unsal, 29, é da mesma
opinião. Embora reclame de Rivaldo, que simulou ter recebido
uma bolada no rosto, provocando
sua expulsão, diz que o vilão foi o
juiz [o sul-coreano Kim Young-joo]. ""Ele caiu na do Rivaldo."
De fato, se Unsal merecia ser expulso, afinal, acertando ou não o
rosto do brasileiro chutou a bola
em sua direção, Rivaldo também
poderia ter sido expulso.
Mas ele diz que a boa atuação
contra a Costa Rica redimiu o futebol brasileiro perante os turcos.
""Em Istambul, tirando a Turquia, a seleção preferida de todo
mundo era o Brasil. O povo ficou
chateado com o que aconteceu
[no primeiro jogo], mas depois
agradeceu os brasileiros pelo que
fizeram contra a Costa Rica."
Depois da vitória contra Senegal
e da classificação às semifinais, os
turcos fizeram muitas brincadeiras sobre os brasileiros.
Mas, segundo o goleiro Rustu
Recber, 29, atleta do Fenerbahce,
as maiores piadas eram referentes
ao juiz sul-coreano. Após a Copa,
os turcos brincam que ele vai passar as férias no Rio de Janeiro.
Com tudo pago pela CBF.
Brincadeiras à parte, o técnico
Senol Gunes acha que a semifinal
será diferente. ""Fomos crescendo
na competição e jogaremos melhor em Saitama do que na estréia.
Se já demos trabalho aquela vez,
agora com certeza daremos em
dobro."(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
Colaborou Fernando Mello, enviado especial a Saitama
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