São Paulo, sábado, 24 de junho de 2006

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Confronto de "nanicos" decide vaga

Argentina, com média de 1,78 m, e México, com 1,77 m, fazem duelo das seleções mais baixas das oitavas-de-final

Crespo e Saviola voltam ao time albiceleste após terem sido poupados, enquanto no México a atração é Lavolpe, que desafiará compatriotas


UIRÁ MACHADO
DO ENVIADO A LEIPZIG

TALES TORRAGA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Argentinos e mexicanos entram em campo hoje em Leipzig pelas oitavas-de-final da Copa da Alemanha para mostrar que tamanho não é documento. Pelo menos, não em relação ao futebol.
As duas equipes são as de menor média de altura entre as 16 equipes que sobreviveram à fase de classificação e continuam na luta por uma vaga na final do dia 9 de julho, em Berlim.
A média de altura da segunda fase da Copa é de 1,81 m. A Argentina, com média de 1,78 m, e o México, com média de 1,77 m, ficam abaixo do padrão.
Alguns números relativos às duas seleções são reflexos dessa característica. Por exemplo, a Argentina tem uma alta média de troca de passes (88,3 por jogo), e o México é a equipe que mais sofre faltas no Mundial -24 por partida.
As duas equipes entram em campo hoje com um jogo de cintura semelhante, pelo menos nos números: enquanto os argentinos têm média de 14,3 dribles por confronto, a média dos mexicanos é de 13.
Menores, argentinos e mexicanos também são mais leves que os demais adversários. Com média de 70,8 kg, o México aposta no jogo rápido para apagar a campanha hesitante até aqui. A Argentina, com 73,8 kg, também está abaixo da média das oitavas -76,3 kg.
Mas as semelhanças param por aí. Argentina e México realizam hoje um duelo em que se confrontam campanhas quase que diametralmente opostas.
O México, com quatro pontos na primeira fase, tem a pior campanha entre os classificados para as oitavas. Já a Argentina, apesar de não ter obtido 100% dos pontos, fez uma das campanhas mais vistosas.
Isso não só porque seu ataque foi o melhor da primeira fase -ainda que ao lado de Alemanha e Espanha, com oito gols em três jogos-, mas, principalmente, porque aplicou a maior goleada da Copa: 6 a 0 sobre Sérvia e Montenegro.
Hoje, a Argentina voltará ter o ataque titular: Saviola e Crespo. Longe de serem unanimidades entre os torcedores e a imprensa argentina, os dois ficaram de fora da última partida, contra a Holanda. Em seus lugares, jogaram Tévez (do Corinthians) e Messi (do Barcelona), que já haviam entrado contra Sérvia e participado dos três últimos gols daquele jogo.
Com a escalação praticamente decidida, o técnico argentino tem duas dúvidas. O lateral Burdisso e o meia "Lucho" González, contudidos, treinaram ontem e podem voltar à equipe. Pekerman disse que só definirá a escalação hoje.
No México, o destaque é a volta do artilheiro Borgetti.


NA TV - Argentina x México Globo, Sportv, Bandsports, ESPN Brasil e Directv, ao vivo, às 16h


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