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Melhor da 1ª fase, Espanha enfrenta seu antigo algoz
Fúria não desejava enfrentar França, que eliminou time de 3 Eurocopas e nunca perdeu para espanhóis em jogo oficial
Mesmo sem jogar bem, time formado por reservas bate a Arábia Saudita por 1 a 0, obtém 3º triunfo e atinge maior saldo de gols da Copa
MARIO HUGO MONKEN
DA REPORTAGEM LOCAL
Os espanhóis encerraram a
primeira fase da Copa do Mundo com a melhor campanha
entre as 32 seleções, mas, mesmo assim, terão pela frente um
adversário indesejado nas oitavas-de-final: a França.
Com a vitória de 1 a 0 ontem
sobre a Arábia Saudita, em Kaiserlaustern, construída por um
time que começou com 11 reservas, a Espanha manteve o
aproveitamento de 100% e alcançou um saldo de sete gols, o
maior do Mundial até aqui.
Porém o prêmio pelo primeiro lugar do Grupo H será encarar a França, a quem que nunca
derrotou em jogos oficiais.
O vencedor do confronto,
que será realizado na próxima
terça-feira, em Hannover, poderá jogar contra a seleção brasileira nas quartas-de-final.
A França foi o algoz espanhol
em 3 das últimas 6 edições da
Eurocopa. Em 1984, a Fúria
perdeu dos franceses na decisão do torneio. Em 1991, foi eliminada pela rival ainda nas eliminatórias da competição. Já
em 2000, caiu diante do adversário nas quartas-de-final.
Antes de conhecer seu adversário na segunda fase, os espanhóis declararam que não queriam enfrentar a França pela
sua tradição e que a Suíça era a
adversária preferida.
Mesmo com a presença do
casal real espanhol- rei Juan
Carlos e a rainha Sofia- nas arquibancadas, a Fúria esteve
pouco inspirada em campo e
encontrou dificuldades para
superar a Arábia Saudita.
O gol da vitória saiu em um
lance de bola parada. Aos
36min do primeiro tempo, Reyes bateu falta para a área. O zagueiro Juanito surpreendeu a
defesa e cabeceou forte, sem
chances para o goleiro Zaid.
Na etapa final, a Arábia Saudita, que precisava golear e de
um tropeço da Ucrânia para se
classificar, chegou a criar boas
chances e por pouco não empatou. O time asiático reclamou
de um penâlti não marcado.
Para acabar com a apatia espanhola, o técnico espanhol
Luis Aragonés substituiu os
apagados Raúl e Joaquín por
Torres e David Villa, que, juntos, já marcaram cinco vezes na
Copa, mas o time não evoluiu.
Aragonés não ficou satisfeito
com o desempenho do time e
disse que os sauditas mereceriam ter saído com a vitória.
Vice-artilheiro da Copa com
três gols, Torres foi confirmado
no banco de reservas horas antes da partida. Apesar de ficado
em campo por 20 minutos, não
conseguiu marcar, o que lhe
deixaria ao lado do atacante
alemão Klose, que tem quatro.
Está foi a terceira vez que a
Espanha encerrou a primeira
fase de uma Copa com 100% de
aproveitamento (as outras
duas foram em 1950 e 2002).
Apesar da boa campanha, Aragonés disse não se iludir. "O
Mundial vai começar agora."
Para a partida contra a França, Aragonés promoverá a volta
dos titulares. Destaque ontem,
Cesc Fabregas poderá tomar o
lugar do brasileiro naturalizado
Marcos Senna no meio-campo.
Com a derrota, a Arábia Saudita, dirigida pelo brasileiro
Marcos Paquetá, chegou à terceira Copa consecutiva sem
passar da primeira fase.
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