DO ENVIADO A DURBAN

A seleção brasileira levou seu mau humor a Durban. Ontem à noite, o time de Dunga chegou à terceira maior cidade da África do Sul, onde vai enfrentar Portugal amanhã, pela última rodada da fase de grupos.
Pela primeira vez neste Mundial, o Brasil não está totalmente isolado do público. Somente um andar do hotel Protea Umhlanga Ridge está reservado para jogadores e comissão técnica. Nos demais, há dezenas de turistas e jornalistas.
A chegada da seleção ao hotel, às 22h20 de ontem (17h20 em Brasília), teve quase um policial para cada torcedor presente. Eram cerca de cem curiosos -divididos igualmente entre moradores de Durban e brasileiros- em volta do hotel para quase o mesmo número de policiais.
Isolados do público, os jogadores desceram do ônibus sem dar um autógrafo ou tirar uma foto com torcedores. Elano e Kaká -o primeiro, machucado, e o segundo, suspenso- também viajaram com o grupo.
A atitude da seleção brasileira na chegada a Durban irritou os torcedores locais.
"Ficamos quatro horas esperando por eles", disse a funcionária pública Riona Gokool, 24. "Fomos ao aeroporto, fizemos plantão lá e nos disseram para ir ao hotel. E aqui não nos deram um sorriso, um aceno, um autógrafo, nada. Estou decepcionada", declarou.
Zeniel Bhairoparsad, 25, o marido, também reclamou. "Vim para ver Robinho e Kaká. Iria torcer para eles. Foram tão antipáticos que vou torcer contra."
Mas a pequena torcida brasileira não se importou -cantou antes e depois da passagem dos jogadores por ali.
(MARTÍN FERNANDEZ)


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