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Desejo de vingança divide Portugal
Enquanto técnico cogita poupar atletas, jogadores querem devolver os 6 a 2 do Brasil em 2008
JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A MAGALIESBURGO
Praticamente classificado
às oitavas de final da Copa,
Portugal continua indeciso
sobre quem mandará a campo amanhã contra o Brasil.
Se anteontem o treinador
Carlos Queiroz deu indícios
de que poderia poupar vários
titulares, tendo em vista a sequência do torneio, ontem o
meia Tiago, destaque nos 7 a
0 sobre a Coreia do Norte,
afirmou que Portugal "quer
muito vencer para ficar em
primeiro no Grupo G".
Segundo o jogador, que está substituindo o brasileiro
Deco, contundido, os portugueses têm outra motivação:
apagar a humilhante derrota
para o Brasil por 6 a 2 no último duelo entre os dois países, num amistoso em Brasília em novembro de 2008.
"No futebol, não há ajustes de contas, pois cada jogo
é um jogo, mas aquela foi
uma derrota que não queremos esquecer", disse Tiago,
titular naquela partida.
"Naquele dia, nossos irmãos do outro lado do Atlântico deram-nos cabo da cabeça", disse o meia, usando expressão típica lusa, na entrevista coletiva que concedeu
antes do treino de ontem.
Tiago, que marcou duas
vezes contra os norte-coreanos, lamentou a ausência de
Kaká do duelo de amanhã. "É
um grande jogador e foi expulso injustamente [do jogo
contra a Costa do Marfim]".
Entre os possíveis poupados de amanhã, além dos
contundidos Deco e Ruben
Amorin, estariam o astro
Cristiano Ronaldo, o meia
Pedro Mendes e o atacante
Hugo Almeida, todos pendurados com cartões amarelos.
Queiroz decerto pensou
neles ao dizer: "Vamos meditar no que temos de fazer
contra o Brasil. Temos de jogar de acordo com o que temos à frente, e não pensando
num simples jogo".
Mas, para atletas, imprensa e torcida de Portugal, não
se trata de "um simples jogo", mas de uma chance de
vingar a humilhação de 2008
e entrar com moral elevado
na próxima fase do torneio.
Do treino de ontem, do
qual só os primeiros 15 minutos foram abertos, participou
todo o time, exceto Deco e
Ruben Amorim, que fizeram
trabalho físico à parte.
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