São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br

A maior das vitórias, na última vitória

"O ANO, 1957. À minha frente, Nurburgring, com suas 174 curvas em quase 23 quilômetros. Um lugar que demorei a desvendar, que aprendi a respeitar, que já havia conquistado em 1954 e 1956. Meu carro era uma Maserati 250F. E eu já conhecia o Ring melhor do que ninguém.
Na sexta, fiz uma volta em 9min25s. Um tempo diabólico, mais de 30s melhor do que eu havia conseguido no ano anterior com a Ferrari.
A dúvida era saber quem largaria em segundo.
E foi o Mike Hawthorn, com a Ferrari. Jean Behra, de Maserati, ficou em terceiro. Depois, Peter Collins, também da Ferrari.
Mas havia uma preocupação: nossos pneus, da Pirelli, desgastavam-se rapidamente. Os Engleberts, da Ferrari, eram mais resistentes. Eu poderia apostar que eles fariam a prova inteira sem parar.
Bolamos um plano: largar com meio tanque e parar na metade da prova para trocar pneus e reabastecer.
Após algumas simulações, definimos que eu precisaria abrir 30s.
Largamos, e eu propositadamente caí para terceiro, porque não havia volta de instalação e nunca se sabe o que pode haver de surpresa numa pista de 23 km. Retomei a ponta na quarta volta e, na décima, já tinha os 30s.
Desci, tomei água e então percebi que havia algo de errado. Os mecânicos não conseguiam tirar uma roda. Quando voltei à pista, estava com uma desvantagem de 51s."

 

Dali para a frente, o Ring assistiu a uma das maiores pilotagens de todos os tempos.
Na penúltima volta, Juan Manuel Fangio emparelhou com Collins. À frente dos dois, uma ponte.
Só passava um carro. O inglês levantou o pé.
Na mesma volta, chegou em Hawthorn, colocou duas rodas na grama, passou.
Foi sua última vitória na F-1 e, segundo o relato do próprio, a maior delas.
Hoje, o pentacampeão da F-1 completaria 100 anos.

F-1
VÃ ESPERANÇA?
A proibição do difusor de ar quente deve diminuir a folga da Red Bull. A esperança é tanta que McLaren e Ferrari repensam os planos. Mas já terão se passado oito GPs, e nunca um piloto tão vencedor como Vettel neste início de ano deixou a taça escapar. E ainda existe um cer- to Newey por lá...

MOTOGP
ESPERANÇA
Talvez porque saiba que não é o garotão de outrora, Rossi está com pressa para fazer a Ducati andar. Depois de testar o chassi 2012 em Mugello, o italiano decidiu correr com ele em Assen, neste final de semana. A nova moto tem um sistema de transmissão parecido com o da Honda. É bom ficar de olho.


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