São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Time aposta na força do conjunto no 1º jogo da decisão da Libertadores

"Antipenta", São Caetano começa luta pela América

Fernando Santos/Folha Imagem
O meia Robert (à frente), titular do São Caetano na partida de hoje no Paraguai, disputa lance no treino de ontem do time paulista


EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O futebol brasileiro volta hoje a uma final internacional, mas bem diferente da que o mundo viu há 24 dias em Yokohama, no Japão.
Não haverá em campo astros mundiais como Ronaldo, Rivaldo ou Roberto Carlos. Não haverá um time que conte com as individualidades para chegar ao título.
Pelo contrário, o São Caetano é uma espécie de equipe ""antipenta", afinal, conta com a força do conjunto, conseguida pela permanência de seu técnico, Jair Picerni, e da base do elenco.
""Acredito que nosso bom trabalho faz com que os jogadores brilhem mais aqui no São Caetano do que em outros clubes", afirma Picerni, que comanda esta noite o time que enfrenta o Olimpia, no primeiro jogo decisivo da Libertadores, o principal torneio interclubes das Américas.
O jogo acontece às 21h45, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção (Paraguai). A partida de volta será dia 31, no Pacaembu. Se os dois times empatarem em pontos e no saldo de gols, a decisão será nos pênaltis.
""No São Caetano, há muito mais acertos do que erros. Estamos a dois degraus de darmos o maior salto de nossas vidas. E vamos conseguir", diz Picerni.
Se sair vencedor do confronto com os paraguaios, o time vai no final do ano para o Japão e, no mesmo estádio de Yokohama que viu o Brasil campeão, enfrenta o Real Madrid, time espanhol que é o atual campeão da Europa.
Para chegar ao Japão, o São Caetano adota uma disposição tática bem diferente da seleção pentacampeã. Se Luiz Felipe Scolari usou o precavido esquema 3-5-2, Picerni resolveu apostar suas fichas no tradicional 4-4-2.
Enquanto o Brasil chegou à final do Mundial com três zagueiros (Roque Júnior, Lúcio e Edmílson) e dois volantes (Gilberto Silva e Kleberson), o São Caetano avança com uma típica dupla de zaga (Dininho e Daniel) e apenas um volante (Marcos Senna).
Como não conta com uma força ofensiva da qualidade da do trio de ""erres" (Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho), Picerni confia em seu trio de meias, que considera o diferencial criativo da equipe. São eles Aílton, Robert e Adãozinho.
Do time, o único testado por Scolari na seleção foi o zagueiro Daniel, não chamado na Copa.



Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Depoimento: "Após dois vices, acho que chegou a vez do Azulão"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.