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FUTEBOL
Para treinador e atletas, equipe evoluiu emocionalmente com derrotas
Time do ABC mantém base,
apanha e aprende a marcar
DA REPORTAGEM LOCAL
"Não podemos mais ser como
lutadores de boxe e sair agredindo. Aprendemos que primeiro temos de estudar o adversário."
A declaração acima, dita pelo
meia Aílton, é o diagnóstico da
mudança do São Caetano nos últimos três anos.
Um dos nove remanescentes da
equipe vice-campeã da Copa João
Havelange, em 2000, o jogador, de
33 anos, diz que o time amadureceu. E, principalmente, aprendeu
a se defender graças às surras que
levou em momentos decisivos.
"Os times de 2000 e de 2001
eram boas equipes, mas não tinham essa consciência. Só pensávamos em atacar. Agora, jogamos
como uma sanfona, atacando e
defendendo em bloco", afirmou.
Além de Aílton, mais quatro jogadores vice-campeões nacionais
nos dois últimos anos permanecem como titulares do São Caetano: o goleiro Sílvio Luiz, os zagueiros Daniel e Dininho, e o
meia Adãozinho.
Apesar das mudanças, a base foi
mantida. Segundo o técnico Jair
Picerni, a manutenção desses jogadores contribuiu para a equipe
assimilar as variações táticas feitas
por ele nas últimas temporadas.
"Com esse entra e sai de jogadores, temos de mudar algumas coisas, mas os que ficam passam o
posicionamento e a função para
os que chegam e assim fica mais
fácil para trabalhar", disse o treinador, que também destacou a
evolução defensiva de sua equipe.
"É muito difícil ficar na defesa,
mas é algo que não havia aparecido nesses anos que estou aqui: o
senso de defesa", disse ele.
"Isso mostra que a equipe está
equilibrada emocionalmente."
Após a perda do título para o
Vasco, em 2000, deixaram a equipe do ABC os laterais Japinha (Bahia) e César (Lazio), o volante
Claudecir (Palmeiras), e os atacantes Wagner (Cerezo Ozaka) e
Adhemar (Stuttgart).
Desses, dois já retornaram:
Wagner, que hoje é reserva, mas é
vice-artilheiro do time na Libertadores, com cinco gols, e Claudecir, que não foi inscrito na competição continental.
Adhemar, goleador da equipe
na Copa JH, será o próximo a reforçar o São Caetano. O jogador
vai ficar por seis meses no clube
do ABC, por empréstimo.
No time que foi vice-campeão
do Nacional no ano passado, foram contratados os laterais Mancini e Marcos Paulo, o volante Simão, o meia Anaílson e o atacante
Magrão. Para este ano, apenas
Anaílson permanece na equipe.
Mas chegaram jogadores experientes, como os ex-santistas Russo e Rubens Cardoso, para as laterais, e Robert, para o meio-campo, além do volante Marcos Senna, com passagem pelo Corinthians. Para o ataque, vieram os
grandalhões Brandão, o artilheiro
do time nesta Libertadores, com
seis gols, mas já negociado pelo
clube, e Somália, que se tornou a
referência ofensiva da equipe dirigida por Jair Picerni.
(EDUARDO ARRUDA E RODRIGO BERTOLOTTO)
NA TV - Globo, ao vivo, às
21h45, só para SP
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