São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Santos ganha na Vila e encerra série negativa

Vanderlei Luxemburgo dá fim à sua pior seqüência na era de pontos corridos

DA REPORTAGEM LOCAL

O time ficou quatro partidas sem vencer e apostava na força de seu "alçapão", onde não jogava havia 49 dias. E, mesmo sem brilhar, o Santos bateu o Juventude ontem por 3 a 2, confirmando seu poderio na Vila Belmiro, onde ganhou 15 das 17 partidas que fez no ano.
Graças a Reinaldo. Apagado até a metade do segundo tempo, o atacante recém-recuperado de lesão fez dois gols. O primeiro, de pênalti. O segundo, belíssimo, em um chute de muito longe da área. A bola entrou forte, no ângulo. "A equipe precisou, estou feliz. Espero me livrar das contusões e estar sempre em campo.
É a hora de embalar", disse.
Bom para o time, o resultado não livrou o alvinegro de cair uma posição na tabela, de sexto para sétimo, por saldo de gols.
Contando apenas as cinco últimas rodadas, o Santos tem só quatro pontos. Em uma hipotética classificação no período, seria só o 18º entre os 20 participantes no Brasileiro. Inconformado com as chances perdidas nas últimas partidas, Vanderlei Luxemburgo comemorou. Ele pôs fim à sua mais extensa série sem vencer em campeonatos por pontos corridos -nunca ficara sequer mais de três jogos sem ganhar.
O triunfo, porém, foi contestado pelo Juventude. Aos 35min do primeiro tempo, Heber Roberto Lopes não anotou pênalti após Fábio Costa dar uma voadora em Christian dentro da área, em lance semelhante ao que o goleiro fez em 2005, quando, então no Corinthians, atingiu Tinga, do Inter. "O Santos não tem um time fraco, como muitos dizem. Tem um elenco em formação", disse Luxemburgo, repetindo discurso que adota desde o título paulista, em abril.
Questionado sobre um possível convite da CBF para dirigir a seleção, Luxemburgo respondeu de forma ríspida: "Já falei sobre isso ontem e não vou tocar nesse assunto".
O técnico disse que, para a próxima partida, já irá contar com o meia Cléber Santana, que cumpriu quatro meses de suspensão após cotovelada no volante Marcinho Guerreiro, em abril, contra o Palmeiras.
"O time então deve melhorar." O Santos teve um primeiro tempo leniente, mas arriscou mais na segunda etapa.
Logo aos 6min, Rodrigo Tabata, em um toque de classe, com o peito, colocou Fabiano em condições de fazer o gol.
Nove minutos depois, em lance confuso, a bola acertou Éder Ceccon, que acabara de entrar, e acabou nas redes: 1 a 1 no placar. Críticas nas arquibancadas. Que persistiram até Antônio Carlos fazer pênalti em Wendel. Reinaldo chutou forte, no canto alto direito.
Indefinido, o jogo ainda teve o segundo gol de Éder Ceccon. Sozinho e de cabeça, vazou Fábio Costa e igualou a contagem, aos 24 minutos. Três minutos depois, Reinaldo, com um tiro forte de longe, deu ânimo ao time, que agora pega o São Paulo, no domingo, no Morumbi.


Colaborou a Agência Folha , em Santos


Texto Anterior: Palmeiras estica reação e afunda o Corinthians
Próximo Texto: Juca Kfouri: Os limites das Copas do Mundo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.