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Santos ganha na Vila e encerra série negativa
Vanderlei Luxemburgo dá fim à sua pior seqüência na era de pontos corridos
DA REPORTAGEM LOCAL
O time ficou quatro partidas
sem vencer e apostava na força
de seu "alçapão", onde não jogava havia 49 dias. E, mesmo
sem brilhar, o Santos bateu o
Juventude ontem por 3 a 2,
confirmando seu poderio na
Vila Belmiro, onde ganhou 15
das 17 partidas que fez no ano.
Graças a Reinaldo. Apagado
até a metade do segundo tempo, o atacante recém-recuperado de lesão fez dois gols. O primeiro, de pênalti. O segundo,
belíssimo, em um chute de
muito longe da área. A bola entrou forte, no ângulo.
"A equipe precisou, estou feliz. Espero me livrar das contusões e estar sempre em campo.
É a hora de embalar", disse.
Bom para o time, o resultado
não livrou o alvinegro de cair
uma posição na tabela, de sexto
para sétimo, por saldo de gols.
Contando apenas as cinco últimas rodadas, o Santos tem só
quatro pontos. Em uma hipotética classificação no período,
seria só o 18º entre os 20 participantes no Brasileiro.
Inconformado com as chances perdidas nas últimas partidas, Vanderlei Luxemburgo comemorou. Ele pôs fim à sua
mais extensa série sem vencer
em campeonatos por pontos
corridos -nunca ficara sequer
mais de três jogos sem ganhar.
O triunfo, porém, foi contestado pelo Juventude. Aos
35min do primeiro tempo, Heber Roberto Lopes não anotou
pênalti após Fábio Costa dar
uma voadora em Christian
dentro da área, em lance semelhante ao que o goleiro fez em
2005, quando, então no Corinthians, atingiu Tinga, do Inter.
"O Santos não tem um time
fraco, como muitos dizem. Tem
um elenco em formação", disse
Luxemburgo, repetindo discurso que adota desde o título
paulista, em abril.
Questionado sobre um possível convite da CBF para dirigir
a seleção, Luxemburgo respondeu de forma ríspida: "Já falei
sobre isso ontem e não vou tocar nesse assunto".
O técnico disse que, para a
próxima partida, já irá contar
com o meia Cléber Santana,
que cumpriu quatro meses de
suspensão após cotovelada no
volante Marcinho Guerreiro,
em abril, contra o Palmeiras.
"O time então deve melhorar."
O Santos teve um primeiro
tempo leniente, mas arriscou
mais na segunda etapa.
Logo aos 6min, Rodrigo Tabata, em um toque de classe,
com o peito, colocou Fabiano
em condições de fazer o gol.
Nove minutos depois, em
lance confuso, a bola acertou
Éder Ceccon, que acabara de
entrar, e acabou nas redes: 1 a 1
no placar. Críticas nas arquibancadas. Que persistiram até
Antônio Carlos fazer pênalti
em Wendel. Reinaldo chutou
forte, no canto alto direito.
Indefinido, o jogo ainda teve
o segundo gol de Éder Ceccon.
Sozinho e de cabeça, vazou Fábio Costa e igualou a contagem,
aos 24 minutos. Três minutos
depois, Reinaldo, com um tiro
forte de longe, deu ânimo ao time, que agora pega o São Paulo,
no domingo, no Morumbi.
Colaborou a Agência Folha , em Santos
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