São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2006

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Palmeiras sustenta os 100% pós-Copa

Time de Tite bate Goiás, na sua 1ª vitória fora de casa, consolida reação e fica a 1 ponto de sair da zona de rebaixamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Em tempos de má fase, os jogadores não acertam o pé e as finalizações costumam passar longe do gol adversário. E até isso parece ter mudado no Palmeiras do Brasileiro pós-Copa.
A equipe do Parque Antarctica foi ontem ao Serra Dourada para enfrentar o Goiás e saiu de lá com a sua primeira vitória como visitante neste Nacional. Antes deste jogo, os palmeirenses amargavam cinco jogos com derrotas fora de casa.
O triunfo foi construído à base de uma noite de perfeição para o sistema de ataque palmeirense. Durante a partida, os comandados do técnico Tite tentaram oito arremates. Todos eles foram na direção da meta defendida por Harlei.
Porém, mais do que uma boa atuação e a quebra de um tabu neste Brasileiro, o triunfo diante dos goianos significa a consolidação da reação palmeirense -e, ironicamente, no pior momento vivido por seu maior arqui-rival, o Corinthians.
Os três pontos obtidos em Goiânia alçaram o time à 17ª posição na tabela. Ainda dentro da zona de rebaixamento, mas melhor do que a lanterna, que já esteve em suas mãos e agora passou para as dos corintianos.
O Palmeiras procurou desde o início da partida mostrar que, de fato, é outro em relação ao time de antes da Copa do Mundo.
A equipe de Tite, apesar da formação com apenas um atacante fixo à frente, começou o jogo tentando se impor. Os palmeirenses, em maioria no meio-campo, adiantavam a marcação para tentar sufocar o Goiás e recuperar a bola.
O Palmeiras usou ainda um recurso a mais: a bola parada. Foi a partir de uma cobrança de falta que fez seu primeiro gol.
Aos 14min, Edmundo bateu, Harlei não segurou, rebatendo para a frente, e Nen chutou de primeira para o fundo da rede.
Mas os goianos empataram dois minutos depois. Num vacilo da defesa palmeirense, Souza apareceu livre para fazer 1 a 1.
Os palmeirenses continuaram pressionando até que, aos 24min, Paulo Baier fez um golaço de falta contra seu ex-time.
A vantagem não foi o suficiente para que os jogadores do time do Parque Antarctica deixassem o campo no intervalo satisfeitos. "Nosso time está dando muito balão pra frente", cobrou um exigente Juninho.
Ao contrário do que gostaria o meia, foi o Goiás que voltou melhor para a etapa final. O time do técnico Antônio Lopes passou a explorar os espaços entre os alas e o trio de zagueiros palmeirenses -sobretudo pela esquerda do ataque goiano, às costas de Paulo Baier. Por ali, o lateral Jadílson chegava à linha de fundo e levava perigo com cruzamentos.
Mas, no meio da pressão e novamente de bola parada, o Palmeiras conseguiu aumentar a vantagem. A equipe conseguiu armar um contra-ataque que resultou em pênalti, sofrido por Enilton. Edmundo, aos 15min, cobrou bem e marcou.
O terceiro gol palmeirense desanimou a torcida goiana, que começou a deixar o estádio logo após a cobrança do pênalti.
O time, por sua vez, ainda tentou se recuperar, mantendo a pressão que exercia no início do segundo tempo, sobretudo após ter ficado com um jogador a mais -o volante palmeirense Wendel acabou expulso. O esforço, entretanto, foi em vão.
No próximo sábado, o Palmeiras joga em casa em busca da quarta vitória seguida, no duelo que pode marcar sua saída da zona do descenso, na qual figura desde o final da primeira rodada. O adversário é o Paraná, bem colocado na tabela.



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