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Palmeiras sustenta os 100% pós-Copa
Time de Tite bate Goiás, na sua 1ª vitória fora de casa, consolida reação e fica a 1 ponto de sair da zona de rebaixamento
DA REPORTAGEM LOCAL
Em tempos de má fase, os jogadores não acertam o pé e as
finalizações costumam passar
longe do gol adversário. E até
isso parece ter mudado no Palmeiras do Brasileiro pós-Copa.
A equipe do Parque Antarctica foi ontem ao Serra Dourada
para enfrentar o Goiás e saiu de
lá com a sua primeira vitória
como visitante neste Nacional.
Antes deste jogo, os palmeirenses amargavam cinco jogos
com derrotas fora de casa.
O triunfo foi construído à base de uma noite de perfeição
para o sistema de ataque palmeirense. Durante a partida, os
comandados do técnico Tite
tentaram oito arremates. Todos eles foram na direção da
meta defendida por Harlei.
Porém, mais do que uma boa
atuação e a quebra de um tabu
neste Brasileiro, o triunfo diante dos goianos significa a consolidação da reação palmeirense
-e, ironicamente, no pior momento vivido por seu maior arqui-rival, o Corinthians.
Os três pontos obtidos em
Goiânia alçaram o time à 17ª
posição na tabela. Ainda dentro
da zona de rebaixamento, mas
melhor do que a lanterna, que
já esteve em suas mãos e agora
passou para as dos corintianos.
O Palmeiras procurou desde
o início da partida mostrar que,
de fato, é outro em relação ao time de antes da Copa do Mundo.
A equipe de Tite, apesar da
formação com apenas um atacante fixo à frente, começou o
jogo tentando se impor. Os palmeirenses, em maioria no
meio-campo, adiantavam a
marcação para tentar sufocar o
Goiás e recuperar a bola.
O Palmeiras usou ainda um
recurso a mais: a bola parada.
Foi a partir de uma cobrança de
falta que fez seu primeiro gol.
Aos 14min, Edmundo bateu,
Harlei não segurou, rebatendo
para a frente, e Nen chutou de
primeira para o fundo da rede.
Mas os goianos empataram
dois minutos depois. Num vacilo da defesa palmeirense, Souza
apareceu livre para fazer 1 a 1.
Os palmeirenses continuaram pressionando até que, aos
24min, Paulo Baier fez um golaço de falta contra seu ex-time.
A vantagem não foi o suficiente para que os jogadores do
time do Parque Antarctica deixassem o campo no intervalo
satisfeitos. "Nosso time está
dando muito balão pra frente",
cobrou um exigente Juninho.
Ao contrário do que gostaria
o meia, foi o Goiás que voltou
melhor para a etapa final. O time do técnico Antônio Lopes
passou a explorar os espaços
entre os alas e o trio de zagueiros palmeirenses -sobretudo
pela esquerda do ataque goiano, às costas de Paulo Baier.
Por ali, o lateral Jadílson chegava à linha de fundo e levava perigo com cruzamentos.
Mas, no meio da pressão e
novamente de bola parada, o
Palmeiras conseguiu aumentar
a vantagem. A equipe conseguiu armar um contra-ataque
que resultou em pênalti, sofrido por Enilton. Edmundo, aos
15min, cobrou bem e marcou.
O terceiro gol palmeirense
desanimou a torcida goiana,
que começou a deixar o estádio
logo após a cobrança do pênalti.
O time, por sua vez, ainda
tentou se recuperar, mantendo
a pressão que exercia no início
do segundo tempo, sobretudo
após ter ficado com um jogador
a mais -o volante palmeirense
Wendel acabou expulso. O esforço, entretanto, foi em vão.
No próximo sábado, o Palmeiras joga em casa em busca
da quarta vitória seguida, no
duelo que pode marcar sua saída da zona do descenso, na qual
figura desde o final da primeira
rodada. O adversário é o Paraná, bem colocado na tabela.
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