|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Dirigentes dos times por onde o jogador, considerado desagregador, já passou desaconselharam a sua contratação
Felipe provoca novo racha no Corinthians
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Há um racha na relação entre o
manager Wanderley Luxemburgo e a diretoria do Corinthians. O
motivo é a contratação de Felipe.
Se as duas partes concordam
que o preço do jogador ainda está
alto -o clube gostaria de contratá-lo por empréstimo, enquanto o
Vasco quer vendê-lo-, Luxemburgo pode perder Felipe para a
reputação do atleta-o que, para
a diretoria corintiana, conta pontos contra ele.
A cúpula corintiana não vê com
bons olhos a contratação do jogador, cujo comportamento foi criticado por dirigentes dos clubes
por onde Felipe já passou.
Os comentários mais negativos
são os da diretoria do Palmeiras
(time que Felipe defendeu de
março a julho deste ano), no qual
Felipe era considerado desagregador e teria liderado os jogadores
contra o técnico Celso Roth.
Como a Folha antecipou, já da
primeira vez que Luxemburgo
quis o jogador, em julho passado,
a diretoria do Corinthians conseguiu persuadir Luxemburgo a desistir do negócio.
Além do fato de o jogador fazer
parte de um negócio que envolvia
a volta de Vampeta (que não deu
certo), os dirigentes alegaram não
poder arcar com o preço (alto demais) e, em contrapartida, prometeram cumprir à risca o projeto de reformulação do técnico.
Mas a saída de Marcelinho não
estava nos planos do Corinthians.
Também não estava nos planos a
malograda negociação com o
meia Renato, do Guarani, que fracassou depois de o representante
do jogador, Fernando César, não
aceitar a proposta corintiana.
Agora, com o argumento de que
precisa de alguém mais experiente, Luxemburgo conseguiu reabrir as negociações.
"Estamos formando um time e
as cobranças existirão. Precisamos mesclar mais o grupo", disse
Luxemburgo, que completou:
"Contratação é assunto interno."
Afastado do Vasco, Felipe está
disposto a voltar a atuar com o
técnico. Quem não está disposto a
facilitar o negócio é Eurico Miranda, presidente do clube carioca,
com quem o meia-lateral teve
problemas de relacionamento.
Como no caso de Marcelinho, o
preço da multa rescisória do jogador foi sobrevalorizada, o que dificulta a sua saída.
O Vasco pede US$ 7,5 milhões.
O Corinthians não pode pagar
nem metade. A oferta do clube
paulista chega, no máximo, aos
US$ 2 milhões, por 50% dos direitos federativos de Felipe.
Também como no caso Marcelinho, o jogador tem tomado a
frente, com seu procurador, Reinaldo Pitta, nas negociações.
Mesmo com a amizade entre
Pitta e Luxemburgo, as chances
de negócio são pequenas.
A análise da diretoria corintiana
é a de comprar Felipe por US$ 7,5
milhões é tão improvável quanto
vender Marcelinho por US$ 9 milhões, valor da multa rescisória.
Texto Anterior: Futebol: Argentina só terá "forasteiros" contra Brasil Próximo Texto: Lista de clubes desinteressados em meia cresce Índice
|