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SAIBA MAIS
Mudança após doença explica força inesgotável
DA REPORTAGEM LOCAL
Se não usou doping, como
Lance Armstrong explica o fato
de ter vencido uma das provas
mais desgastantes do esporte
menos de dois anos após superar um câncer nos testículos?
O atleta sempre transferiu a
resposta dessa indagação a Edward Coyle, diretor do Laboratório de Performance Humana
da Universidade do Texas
(EUA). Ele acompanha a carreira do ciclista desde 1992.
De acordo com o cientista,
Armstrong modificou suas fibras musculares, que conferem
aos músculos capacidade de
gerar força, após o tratamento.
Antes da doença, elas tinham
pouca resistência à fadiga. Depois de voltar aos treinos, passaram a suportar o estresse.
Membro da equipe de Coyle
no Texas, o pesquisador brasileiro Fernando Diefenthaeler
disse ontem à Folha que as acusações de doping não interferem nesse diagnóstico.
"O Coyle é fisiologista, não
médico. Ele mensura as mudanças do corpo, e não o que
Lance fez para executá-las."
Pai de Luke, 5, e das gêmeas
Grace e Isabelle, 3, Armstrong
namora a cantora Sheryl Crow
e é o criador da fundação Livestrong, que ajuda cancerosos e
espalha pulseiras amarelas pelo
mundo para angariar recursos.
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