São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2006

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FIA veta uso de sistema móvel pela Renault

Amortecedor, que causa polêmica desde o GP da Alemanha, em julho, dá mais estabilidade e melhora a performance dos carros

DA REPORTAGEM LOCAL

A cinco etapas do encerramento do Mundial de F-1 e depois de ver Michael Schumacher e sua Ferrari diminuírem para dez uma diferença que já chegou a 25 pontos no campeonato de pilotos, a Renault sofreu ontem um novo baque.
A campeã mundial e atual líder do campeonato viu a FIA vetar o uso do sistema de amortecedores de massa da equipe francesa a partir do GP da Turquia, que acontece no domingo. A decisão foi tomada pela Corte de Apelações da entidade, depois de reunião em Paris.
O mecanismo vem sendo usado desde setembro de 2005. Outras equipes, como Ferrari, McLaren e Honda, também experimentaram os amortecedores, porém desistiram.
Basicamente, ele funciona como um contrapeso móvel dentro do bico do carro. Sua função é reduzir a sensibilidade no local e deixar o carro mais estável, indiretamente melhorando a eficiência aerodinâmica. A FIA argumenta que, pelo artigo 3.15 do regulamento técnico da categoria, nenhuma parte que tenha influência na aerodinâmica pode ser móvel.
A polêmica sobre seu uso começou no GP da Alemanha, quando Charlie Whiting, inspetor de segurança da FIA, proibiu o sistema por afirmar que ele estava fora das regras. Logo depois, comissários da prova, designados pela própria entidade, inspecionaram o dispositivo e o liberaram, dizendo que o ganho gerado era desprezível.
Apesar disso, a Renault preferiu não usar o amortecedor na Alemanha e no GP seguinte, na Hungria. Segundo alguns estudos, os carros perdem cerca de 0s3 por volta sem o mecanismo. A perda é mais sentida em pistas velozes, como Monza, Suzuka e Interlagos. Coincidência ou não, são, ao lado da China, as que recebem as últimas etapas deste Mundial.


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