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Sem Tevez, Corinthians empaca no RS
Inoperante no ataque, time joga feio, como pregara, só se defende e encerra o 1º turno do Nacional na zona de descenso
DA REPORTAGEM LOCAL
Os corintianos prometeram.
E cumpriram. Jogaram feio, se
é que jogaram. Na primeira
partida após a fuga de seu principal ídolo, Carlitos Tevez, a
equipe praticamente só se defendeu e encerrou sua melancólica participação no primeiro
turno do Brasileiro na zona de
rebaixamento do torneio.
É o 18º colocado, com 20
pontos, mas pode terminar em
penúltimo se o Fortaleza empatar com o Grêmio hoje.
Sem Tevez, vice-artilheiro da
equipe na temporada, com 15
gols, e sem Nilmar, o goleador
corintiano no ano, com 24, machucado, o técnico Emerson
Leão não conseguiu vencer pela primeira vez no comando da
equipe em três jogos.
Atuando no 3-6-1, o time obteve seu pior índice de finalizações no campeonato -foram
apenas oito chutes, um certo. A
média é de 13, 9 por partida.
"Nós não podemos nos abalar [com a saída de Tevez]. Somos empregados do clube e pagos para jogar e tirar o time dessa situação", falou o meia Roger
antes do início do jogo.
Pois jogar foi o que ele e seus
companheiros não fizeram.
Sem referência ofensiva, o Corinthians mal passou do meio-campo. Grosso modo, foi um jogo de ataque (Juventude) contra defesa (Corinthians).
Os gaúchos cumpriam o básico. Marcavam forte, faziam a
bola passar pelo meio-campo,
acionavam os laterais e se movimentavam com velocidade.
Os comandados de Leão não
usaram nada disso. Quando recuperavam a bola na defesa, a
lançavam direto para o ataque,
quase sempre para um rival. O
time acertou apenas 67% de
seus passes -seu percentual de
aproveitamento é de 81,9%.
Leão se desesperava. Armou
o time defensivamente, mas
gritava do banco que seus atletas estavam muito átras. Mostra disso é que o goleiro Marcelo, com 28 reposições, foi o segundo maior passador do time,
de acordo com o Datafolha.
Na primeira vez em que
avançou, quase levou um gol
em contra-ataque por culpa do
estabanado zagueiro Marquinhos, que perdeu a bola no
meio-campo. Betão salvou em
cima da linha, e Christian, de
frente para o gol vazio, chutou
inacreditavelmente na trave.
O goleiro Marcelo, mais uma
vez, foi o destaque corintiano.
Salvou a equipe com três defesas difíceis. E o primeiro tempo, para a sorte de Leão e de sua
equipe, terminou sem gols.
A apatia ofensiva custou caro
para Roger e Nadson, que deram lugar a Renato e Rafael
Moura. Mas foi Christian, do
Juventude, quem ajudou o Corinthians. Lauro marcou após
aproveitar nova falha do lento
Marquinhos. Christian, que
perdeu o gol feito por "fatalidade", estava impedido no lance.
As alterações de Leão não
mudaram a postura corintiana
em campo. O time continuou
"sparring" do Juventude e inexistente no ataque.
Os paulistas ainda contaram
com a sorte. O árbitro não viu
tapa de Rosinei no rosto de Renan. Mais uma vez, os corintianos, encolhidos, rezaram para
terminar o jogo. Agora, receberão no domingo o Grêmio.
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