São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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FUTEBOL

Ronaldinho é reverenciado e ofusca pódio argentino

Adversários, a começar por Maradona, badalam o jogador brasileiro

Atraso no vôo, assentos na classe econômica e rixa entre COB e CBF marcam último dia da seleção de futebol do Brasil na China

DO ENVIADO A PEQUIM

No seu último dia na China, quando recebeu a medalha de bronze, a seleção brasileira masculina de futebol repetiu o que foi a sua sina na Ásia.
Em 24 horas, o time viu badalação a Ronaldinho, viagens fora do padrão da equipe e mais um round na disputa entre a CBF e o COB. Mas, ao contrário de Atlanta-1996, apareceu para receber a medalha que é a terceira na hierarquia olímpica.
O time deixou Xangai, onde venceu a Bélgica, com atraso por causa do tempo. Jogadores e comissão técnica sentaram-se na classe econômica.
Desta vez, Ronaldinho foi quem botou ordem depois que fãs impediram a decolagem por estarem fora de seus assentos em busca de autógrafos e fotos.
"Madrinha, senta, senão o avião não arranca", disse o jogador para uma senhora.
Na cerimônia de premiação, Ronaldinho ofuscou até os argentinos, que ficaram com o ouro após vencerem a Nigéria.
Com a medalha no peito e a imagem no telão, o astro do Milan foi mais aplaudido do que qualquer argentino. Além disso, vários deles, incluindo Riquelme, pediram para tirar foto com Ronaldinho, que chegou a falar no celular no pódio.
E o melhor ocorreu quando Maradona entrou no campo. Antes de celebrar com os compatriotas, ele deu um abraço no brasileiro e beijou sua mão.
Momento bonito, mas que aconteceu em um dia de mais picuinhas entre CBF e COB.
A seleção recebeu a medalha com uniforme da Nike, ao contrário do que fez o time feminino, que ganhou a prata com roupas da Olympikus, a fornecedora do comitê olímpico.
Segundo o COB, havia um acordo para que o futebol usasse seus uniformes nas viagens, na Vila Olímpica e na premiação. Segundo a assessoria da CBF, o acordo valia só para os dois primeiros lugares.
A verdade é que a CBF considera que não teve o apoio do COB em algumas questões, como na tentativa dos clubes europeus de tirar Rafinha e Diego da Olimpíada e na obrigatoriedade de entrar em campo sem o escudo da CBF. (PAULO COBOS)

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