São Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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Barrichello segue dicas de Massa para vencer

Em visita ao amigo, piloto da Brawn perguntou sobre sua vitória de 2008

Vencedor diz que inquiriu sobre prova para testar a memória do ferrarista e que lembranças o ajudaram a andar bem em Valencia


DA ENVIADA A VALENCIA

As bolhas nos calcanhares e os pés encharcados de suor mais de três horas após ter levado seu BGP 001 à vitória no GP da Europa eram sinais de que Rubens Barrichello não tivera vida fácil em Valencia.
Com a McLaren extremamente competitiva durante toda a prova, nem a ajuda adicional que ele ganhou do amigo Felipe Massa, vencedor no circuito em 2008 e a quem homenageou com um desenho no capacete, deu-lhe muito refresco.
"Quando fui visitar o Felipe, ele me falou um pouco sobre as linhas que ele tinha feito aqui no ano passado, quando foi imbatível", contou Barrichello.
"Na verdade, perguntei mais para testar a memória dele, mas depois, quando cheguei em casa, vi a corrida de novo, porque só tinha andado uma vez nesta pista. E isso me ajudou."
Mas, diferentemente de Massa, que no ano passado saiu da pole e se manteve na ponta na maior parte da corrida, Barrichello ontem largou em terceiro, atrás da dupla da McLaren, Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen, primeiro e segundo no grid, respectivamente.
Após a largada, os três mantiveram suas posições e assim permaneceram até a volta 16, quando o inglês foi o primeiro a parar para seu pit stop -tinha 8s8 de folga para Barrichello.
Kovalainen, que não conseguiu se distanciar do brasileiro, foi aos boxes no giro seguinte, com uma vantagem de somente 1s3 para Barrichello, que assumiu então a liderança.
Sem ninguém à frente, o piloto da Brawn teve três voltas completas para fazer bons tempos e, quando foi para sua primeira parada, ganhou a segunda posição do finlandês. O tempo a mais na pista ainda fez com que ele diminuísse para 3s2 a vantagem de Hamilton, que havia reassumido a ponta.
Com estratégias diferentes -a Mclaren usou pneus mais macios nas duas primeiras partes do GP e Barrichello fez o contrário-, o brasileiro encostou no inglês quando ele se aproximava do segundo pit.
Quando Hamilton parou, na 36ª volta, o piloto da Brawn estava 3s6 atrás dele.
"A equipe ainda estava fazendo contas para ver se eu tinha combustível para mais uma volta e me disseram que eu deveria entrar", disse ele sobre os 13s4 nos boxes. "Quando tinha acabado de passar pela linha branca de entrada me disseram que eu poderia ficar mais na pista. Mas aí eu ia perder mais tempo e resolvi seguir."
Sem saber, Barrichello passou a cravar volta mais rápida atrás de volta mais rápida.
"Eu ainda tinha mais três voltas antes de parar quando a equipe me chamou. Naquela hora eu pensei: "Ganhei a corrida'", falou o brasileiro. O motivo da antecipação era o temor de um safety car por causa da batida de Kazuki Nakajima.
"Foi engraçado porque eu conheço o meu volante de ponta cabeça. E na hora que me chamaram, eu tinha dois segundos pra apertar um monte de botão. E, de repente, não sabia mais onde estava nenhum", disse.
Ao voltar, estava à frente do inglês e a 17 voltas de receber a bandeirada. (TATIANA CUNHA)


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