DE SÃO PAULO

Filhos do ex-boia-fria Pernambuco, Teliana Pereira e José Pereira Jr. jogam o circuito profissional de tênis, ao mesmo tempo, há cerca de um mês.
Após serem pegadores de bolinhas no clube onde o pai atuava, reconhecem que o tênis é caro, mas refutam o rótulo de esporte da burguesia, como declarou o presidente Lula.
"Lula, às vezes, dá uma dessas. É lamentável! Ele está certo de que o tênis é um esporte caro. Mas abre muitas portas. Não é de burguês", afirma Teliana.
"Essa declaração afasta pessoas simples", acrescenta ela, que assinou contrato com o Pinheiros e tem dois patrocinadores.
Ela foi número um do país em 2007 (no auge, foi a 196ª do mundo), ano em que faturou bronze no Pan do Rio, em duplas, com Joana Cortez. Lesionada, Teliana parou por quase um ano e voltou a jogar há um mês. Está sem ranking.
O irmão, que deixou os torneios juvenis há menos de um ano, figura como 507º do ranking mundial. É considerado promessa.
"Eu via pessoas de elite praticando tênis. Mas há gente humilde. E minha família é o melhor exemplo de que não é esporte de burguês", diz José Pereira Jr., que joga apoiado pelo Instituto do Tênis e conta com três patrocinadores.


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