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Hegemônico, Brasil decide o Grand Prix
Até domingo, time feminino de vôlei joga fase final do torneio em busca de sua 9ª taça e de olho no Mundial
DE SÃO PAULO
Ninguém jogou tantos sets
nem venceu tantos jogos no
Grand Prix de vôlei quanto a
seleção feminina do Brasil.
E, na próxima madrugada,
quando pega o Japão, às
4h30, na abertura da fase final do torneio, o time do técnico José Roberto Guimarães
luta para coroar sua hegemonia no Grand Prix e para afiar
as atletas para o Mundial.
"Chegamos ao momento mais importante do campeonato. Aproveitamos a primeira fase para testar e dar ritmo
a todas as jogadoras. Os cinco jogos que teremos pela
frente serão muito difíceis e
precisaremos contar com todas", declarou o treinador.
A fase final do torneio, que
vai até domingo, ocorre na cidade de Ningbo, na China. O
fato de a disputa ser realizada na Ásia e o enfoque na coletividade do grupo dão respaldo ao fato de o treinador
brasileiro já planejar o Mundial de outubro, no Japão.
A força do conjunto do
Brasil, fruto do rodízio imposto pelo treinador, fica evidente nas estatísticas do
Grand Prix: nenhuma brasileira figura como líder nos
rankings individuais.
E a condição de time a ser
batido, que acompanha o
Brasil desde a conquista do
ouro na Olimpíada de 2008,
foi reforçada no Grand Prix.
Isso porque, apesar de ter
perdido da Itália na primeira
fase, o Brasil bateu três dos
cinco rivais -Japão, Polônia
e China- que terá pela frente
agora por 3 sets a 0. E é quem
menos perdeu sets no campeonato, somente quatro.
Com a atual campanha, de
oito vitórias e uma derrota, o
Brasil atingiu 78,5% de aproveitamento na história do
Grand Prix, sendo a seleção
que mais jogou (205 vezes) e
mais venceu (161 triunfos).
Tamanha superioridade
pode fazer com que o Brasil,
caso vença o torneio -na fase final, os times se enfrentam no sistema de pontos
corridos-, obtenha o segundo tri genuíno e ostente nove
títulos, nada menos do que
as conquistas somadas de todos os outros campeões.
Mas nem por isso o técnico
espera vida fácil. "O Japão
melhorou muito. Esperamos
dificuldades sempre de
quem joga em velocidade e
defende bem. Temos de estar
preparados para encarar um
time com volume de jogo."
O calcanhar de aquiles da
seleção, outra vez, está ligado à levantadora. Apesar de
não revelar quem começa
contra o Japão, o técnico tem
dado preferência a Fabíola
na disputa com Dani Lins.
Fabíola conquistou a vaga
de titular há quatro jogos e
deve compor a equipe ao lado da oposta Sheilla, das
centrais Thaísa e Fabiana,
das ponteiras Mari e Jaqueline e da líbero Fabi.
NA TV
Brasil x Japão
Amanhã, às 4h30 Sportv
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