Jogo tático de Aloísio é opção de Muricy contra o Boca, o que deixa Borges, goleador do ano, no banco

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A titularidade de Borges anteontem, contra o Figueirense, não deve se repetir contra o Boca Juniors, na quarta. Para a decisão da vaga nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana, Muricy Ramalho irá de Aloísio.
Segundo Muricy, a opção nos 2 a 0 sobre o Figueirense foi a necessidade de descansar o titular. "Borges está com mais gás, por isso ele entra."
Mas os números poderiam ter sido um bom argumento.
Chama a atenção que, em menos de um ano, Borges já marcou 12 gols -é o artilheiro do São Paulo nesta temporada e está a apenas seis gols do total marcado por Aloísio desde que chegou ao São Paulo, em dezembro do ano retrasado.
"Para mim esses números são normais. São dois jogadores importantes, de características diferentes, e é bom você ter essa variedade no elenco", diz Muricy. Indagado se os números não apontariam para uma preferência por Borges como titular, ele desconversa. "Isso já aconteceu outras vezes."
A opção de Muricy se sustenta pelo fato de que Aloísio prende mais a bola e está mais acostumado a enfrentar o jogo físico dos zagueiros do Boca Juniors. Assim, ele atrai a marcação de um ou mais homens, abrindo espaços para as chegadas dos homens postados mais atrás, ainda que sua média de gols seja baixa para um centroavante.
Nessa dividida, Borges prefere não entrar. "É uma decisão do treinador. Eu não tento ganhar minha vaga com os gols que faço, mas sim todos os dias, nos treinamentos", disse ele, autor do gol no jogo de ida, na Bombonera, 2 a 1 Boca.
Outro reserva que experimentou brevemente o gosto de ser titular foi Zé Luís. O volante, porém, deve voltar ao banco na quarta, já que o zagueiro Breno retorna à equipe. Com isso, Richarlyson retorna à contenção, ao lado de Hernanes.

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