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Mundial masculino terá árbitras
Sérvia e americana quebram tabu na competição de vôlei na Itália
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
O Mundial masculino de
vôlei terá pela primeira vez
mulheres no apito.
A sérvia Zorica Bjelic, 44, e
a americana Patricia Salvatore, 53, compõem o grupo de
24 árbitros indicados pela
FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para trabalhar
no torneio que será sediado
na Itália a partir de amanhã.
"Prefiro trabalhar em jogos masculinos do que em femininos porque é um desafio", disse Salvatore.
Ela atua em partidas da
FIVB desde 1996, mas obteve
a chance de mediar jogos de
um Mundial masculino restando só dois anos para atingir a idade limite para arbitrar em nível internacional.
"A cada dia tento melhorar, me desafiar e continuarei
assim até minha aposentadoria em 2012", disse Salvatore ao site da FIVB. "Tenho a
melhor visão da quadra que
um espectador poderia ter.
Ninguém está olhando para
mim, e estou lá para garantir
o melhor show da terra."
Amiga de Salvatore, a sérvia Zorica Bjelic acumula 25
anos de experiência na arbitragem. Ela já apitou jogos da
Liga Mundial -torneio masculino de seleções-, mas se
mostrou surpresa por ter sido
convocada para ir à Itália.
"Talvez o vôlei masculino
tenha mais potência, mas hoje os jogos femininos também já alcançaram um alto
nível de força. Sinto que estou bem preparada para este
Mundial", afirmou a sérvia,
uma das pioneiras da arbitragem feminina de vôlei na antiga Iugoslávia.
"Acho que ajudei a abrir as
portas para as mulheres na
arbitragem de meu país",
disse Bjelic. "Espero que no
futuro possa haver mais mulheres na arbitragem."
Quando iniciou sua carreira, em 1985, ela se tornou a
segunda mulher de seu país
a apitar jogos de vôlei. Atualmente, há 37 mulheres
atuando nas quatro principais ligas da Sérvia.
No Brasil, o número de árbitras de vôlei em competições de alto nível ainda é bastante reduzido. Só cinco mulheres estão habilitadas a
apitar na Superliga, o campeonato nacional de clubes.
Na última temporada, somente uma delas, a carioca
Shirlei Regina de Oliveira, foi
escalada para um partida do
torneio masculino -foi a segunda árbitra do jogo entre
Volta Redonda e Sada Cruzeiro, pelo segundo turno.
No Mundial da Itália, o
Brasil será representado na
arbitragem pelo capixaba
Rogério Espicalski.
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