São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2005 |
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GINÁSTICA Atleta paulista bate campeã mundial na final do salto em Stuttgart e amplia liderança na Copa 2005/2006 Laís vence no salto, e país leva pela 1ª vez 2 ouros na Europa
CRISTIANO CIPRIANO POMBO DA REPORTAGEM LOCAL Pela primeira vez, o Brasil volta da Europa com duas medalhas de ouro em uma competição de peso de ginástica artística feminina. O feito foi alcançado após Laís Souza, 16, vencer ontem o salto na sétima etapa da Copa do Mundo, em Stuttgart (Alemanha). Na véspera, a gaúcha Daiane dos Santos, 22, já havia dominado o solo. Antes, as brasileiras só tinham obtido dois ouros numa etapa do torneio, no Rio, em 2004. Para chegar à vitória, Laís superou a campeã mundial Oksana Chusovitina (8,968), que cometeu erros e ficou fora do pódio, completado pela polonesa Joanna Skowronska (9,175) e pela australiana Monette Russo (9,156). Agora, a ginasta paulista, a mais jovem do país a ir ao pódio da Copa -com 16 anos-, detém dois ouros, assim como Daniele Hypólito, e amplia sua liderança no torneio. Ela ostenta agora, após sete etapas, sete medalhas. "É um ótimo resultado. De quatro ouros em jogo, ganhamos dois. E a Laís, recém-saída de uma contusão, ainda ficou em quarto no solo", diz Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica. A entidade e as atletas focam agora o Mundial de Melbourne (AUS), que começa no próximo dia 21. E, segundo Laís, que já responde por 21% das 33 medalhas das brasileiras na Copa, ainda é necessário aprimorar as séries. "Agora preciso trabalhar um salto novo para o Mundial, com maior grau de dificuldade. Tenho que criar algo para dar uma mudada", diz Laís, que embolsou 1.300 (cerca de R$ 3.500) em prêmios. E ela tem razão. Apesar de as avaliações variarem conforme o rigor da banca de árbitros, com o 9,237 de ontem, Laís teria ocupado somente o sétimo lugar nos Jogos de Atenas-04, onde o salto foi vencido pela romena Monica Rosu (9,656), e o oitavo no Mundial de Anaheim-03, quando Chusovitina (9,481) faturou o ouro. Nem os 9,450 de Daiane anteontem bastariam para deixá-la no pódio do solo num dos torneios: ficaria em quarto no Mundial, quando sagrou-se campeã com 9,737, e em Atenas, que viu a romena Catalina Ponor tirar 9,750. Texto Anterior: Falta de Rogério vira faca de dois gumes no jogo Próximo Texto: Federação elogia país e vive impasse Índice |
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