São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2005

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FUTEBOL

Palmeiras já vê em Leão um técnico só "caseiro"

DO PAINEL FC

Emerson Leão não é mais unanimidade no Parque Antarctica.
O empate com o Fortaleza, somado ao retrospecto recente do Palmeiras, fortaleceu comentários, até agora tímidos, de conselheiros ligados à administração do presidente Affonso della Monica, de que Leão é técnico "caseiro", segundo a Folha apurou.
Além desses conselheiros, formadores de opinião, alguns associados do Palmeiras também já compartilham desse sentimento.
O empate com os cearenses anteontem fez os conselheiros insatisfeitos lembrarem do clássico com o Corinthians, quando o time não conseguiu sair do empate, mesmo com a vantagem de jogar contra um adversário com dez jogadores. Eles questionam a relação custo/benefício de Leão, cujo contrato vai até o fim de 2006, e apontam, munidos de números, sua argumentação.
A expectativa em torno de Leão foi criada parcialmente pelo valor de seu contrato -recebe mais de R$ 200 mil por mês-, o melhor de um técnico no Parque Antarctica desde Luiz Felipe Scolari.
Os críticos do treinador apontam que o Palmeiras, sob sua batuta, ainda não ganhou nenhum clássico: além do empate com o Corinthians, ficou no 3 a 3 com o São Paulo e perdeu para o Santos.
Fora de seus domínios, o Palmeiras de Leão não é tão eficiente como em casa. Das 11 partidas que disputou como visitante, o técnico conduziu o grupo ao triunfo em quatro.
"Temos a obrigação de vencer todo jogo. Não podemos pensar em título. Precisamos cumprir etapa por etapa. O time tem mantido um padrão razoável. Mas quem está atrás precisa somar pontos", reconheceu Leão depois do empate com o Fortaleza.
A preocupação agora é o distanciamento da zona de classificação da Libertadores. "Precisamos acordar. Não podemos mais perder pontos. Só faltam nove jogos. Infelizmente, deixamos de dar um importante passo para conseguir a classificação", disse o atacante Marcinho. (EDUARDO OHATA)


Colaborou o "Agora"

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