|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
McLaren livra Hamilton de culpa
Equipe diz que erro na troca de marchas no GP Brasil de F-1 foi causado por uma pane em software
Jornal canadense publica "confissão" do piloto e gera polêmica para saber de quem foi a responsabilidade pela falha que o alijou do título
DA REPORTAGEM LOCAL
O Mundial de F-1 já acabou,
mas as polêmicas continuam.
Mas a questão da vez dificilmente terá resposta definitiva.
Teria o problema no câmbio do
McLaren de Lewis Hamilton
no GP Brasil sido causado por
erro do piloto? Ou teria sido falha do carro que se mostrou
"inquebrável" durante o ano?
A celeuma tornou-se maior
após o jornal "La Presse", sem
tradição no meio automobilístico, ter soltado frase atribuída
ao inglês em que diz ter errado.
"Meu dedo escorregou no volante, e acidentalmente apertei
o botão usado na hora da largada. O carro entrou em ponto
morto, e tive que reinicializar o
sistema", falou Hamilton, segundo o periódico de Montréal.
A McLaren negou que o erro
tenha sido do piloto e disse que
ele nunca deu essa declaração.
Mas dificilmente, ainda que o
problema tenha sido causado
pelo inglês, a equipe admitiria
isso. Sem saber se terá Fernando Alonso ao lado em 2008, Hamilton pode ganhar o status de
primeiro piloto. Além disso, o
novato é cria de Ron Dennis,
chefe do time, com quem tem
relação quase de pai e filho.
"Podemos confirmar que o
problema temporário na troca
de marchas sofrido por Lewis
no GP Brasil foi causado por erro no sistema de câmbio, que
selecionou o ponto morto por
um determinado período de
tempo", disse a McLaren, através da assessoria de imprensa.
O problema de Hamilton
ocorreu na oitava volta. Após
errar na disputa com Alonso
pelo terceiro lugar e escapar da
pista, o inglês vinha no oitavo
posto quando seu carro começou a se arrastar na pista. De repente, o McLaren "reviveu",
mas Hamilton havia caído para
o 18º lugar e deixado escapar o
título que estava tão próximo.
O sistema de troca de marchas de um carro de F-1 é hidráulico e eletronicamente
controlado. Atrás do volante,
há duas borboletas de cada lado, uma para reduzir as marchas e outra para aumentá-las,
além de duas para a embreagem, usadas só na largada.
Segundo a McLaren, quando
Hamilton tentou reduzir da sétima para a sexta marcha, o
software que controla esse sistema falhou, e o carro entrou
em ponto morto. Como a equipe recebia a telemetria on-line,
avisou imediatamente ao piloto
que ele deveria reiniciar o sistema, acionando a embreagem.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Tostão: "Quem ataca é atacante" Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|