São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

McLaren livra Hamilton de culpa

Equipe diz que erro na troca de marchas no GP Brasil de F-1 foi causado por uma pane em software

Jornal canadense publica "confissão" do piloto e gera polêmica para saber de quem foi a responsabilidade pela falha que o alijou do título

DA REPORTAGEM LOCAL

O Mundial de F-1 já acabou, mas as polêmicas continuam.
Mas a questão da vez dificilmente terá resposta definitiva. Teria o problema no câmbio do McLaren de Lewis Hamilton no GP Brasil sido causado por erro do piloto? Ou teria sido falha do carro que se mostrou "inquebrável" durante o ano?
A celeuma tornou-se maior após o jornal "La Presse", sem tradição no meio automobilístico, ter soltado frase atribuída ao inglês em que diz ter errado. "Meu dedo escorregou no volante, e acidentalmente apertei o botão usado na hora da largada. O carro entrou em ponto morto, e tive que reinicializar o sistema", falou Hamilton, segundo o periódico de Montréal.
A McLaren negou que o erro tenha sido do piloto e disse que ele nunca deu essa declaração.
Mas dificilmente, ainda que o problema tenha sido causado pelo inglês, a equipe admitiria isso. Sem saber se terá Fernando Alonso ao lado em 2008, Hamilton pode ganhar o status de primeiro piloto. Além disso, o novato é cria de Ron Dennis, chefe do time, com quem tem relação quase de pai e filho.
"Podemos confirmar que o problema temporário na troca de marchas sofrido por Lewis no GP Brasil foi causado por erro no sistema de câmbio, que selecionou o ponto morto por um determinado período de tempo", disse a McLaren, através da assessoria de imprensa.
O problema de Hamilton ocorreu na oitava volta. Após errar na disputa com Alonso pelo terceiro lugar e escapar da pista, o inglês vinha no oitavo posto quando seu carro começou a se arrastar na pista. De repente, o McLaren "reviveu", mas Hamilton havia caído para o 18º lugar e deixado escapar o título que estava tão próximo.
O sistema de troca de marchas de um carro de F-1 é hidráulico e eletronicamente controlado. Atrás do volante, há duas borboletas de cada lado, uma para reduzir as marchas e outra para aumentá-las, além de duas para a embreagem, usadas só na largada.
Segundo a McLaren, quando Hamilton tentou reduzir da sétima para a sexta marcha, o software que controla esse sistema falhou, e o carro entrou em ponto morto. Como a equipe recebia a telemetria on-line, avisou imediatamente ao piloto que ele deveria reiniciar o sistema, acionando a embreagem.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Tostão: "Quem ataca é atacante"
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.