São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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Tropeços em série

São Paulo só empata com o Coritiba no Morumbi, acumula sete partidas consecutivas sem vitória no Brasileiro e ouve vaias e gritos de `timinho'

São Paulo 0

Coritiba 0


RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Aos 34min do primeiro tempo, enquanto os zagueiros do São Paulo tocavam a bola lateralmente na defesa, Rogério, nervoso, gritava.
Reclamava da falta de movimentação dos seus companheiros, que dificultava a transição para o ataque.
Mas poderia ser da crise técnica de Lucas, da apatia de jogadores importantes, do excesso de chances de gol perdidas ou da sequência de tropeços que transformou o título brasileiro em uma missão quase impossível, e a vaga na Libertadores, em uma complicada tarefa.
Pela sétima rodada consecutiva, o São Paulo não conseguiu vencer no Nacional. No Morumbi, ficou no empate sem gols com o Coritiba.
Beneficiado por tropeços de concorrentes diretos pela classificação, manteve a sexta colocação. Mas viu a desvantagem para o líder, agora o Vasco, subir para oito pontos a sete rodadas do fim.
Milton Cruz, o técnico interino que não tem a efetivação cogitada por ser considerado pela diretoria um "patrimônio indispensável ao clube", deixou o gramado ouvindo gritos de "timinho" e vaias vindos das arquibancadas.
Foi o primeiro empate do treinador, que, por enquanto, substitui o demitido Adilson Batista. São quatro jogos em 2011 -venceu duas partidas em julho e o Libertad, pela Sul-Americana, na quarta. Ontem, Milton Cruz creditou outro tropeço são-paulino ao goleiro Vanderlei.
A avaliação não está completamente errada. O camisa 1 do Coritiba teve papel decisivo na manutenção do 0 a 0 ao fechar o ângulo de Lucas em arrancada no começo do jogo. Também fez uma plástica defesa em chute de fora da área de Piris no final.
Apesar da pressão exercida sobre o Coritiba em boa parte dos 90 minutos, o São Paulo errou muito no ataque.
Só dez das suas 24 finalizações acertaram o gol. E a maioria dos chutes foi de longa distância, tanto que Luis Fabiano mal recebeu a bola e foi figura nula em campo.
Antes do decisivo confronto com o líder Vasco, domingo, no Rio, que pode reabilitar a equipe ou matar até as remotas chances de ser campeão, o São Paulo reencontra o Libertad na quarta-feira.
Empate ou derrota por um gol de diferença (desde que também marque) são suficientes para mantê-lo no caminho daquela que pode ser sua última chance de ir à Libertadores do próximo ano.


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