COI irá redistribuir os pódios da americana em Sydney-00

DA REPORTAGEM LOCAL

O conselho da Iaaf, a entidade que comanda o atletismo mundial, decidiu ontem anular todos os resultados da norte-americana Marion Jones desde 1º de setembro de 2000.
Ela perderá suas cinco medalhas olímpicas de Sydney-00. Os EUA também terão cancelados todos os feitos obtidos por seus revezamentos que tiveram participação de Marion Jones.
Em 5 de outubro deste ano, a ex-atleta anunciou sua retirada das pistas após confessar o uso do esteróide THG, que foi produzido pelo laboratório Balco.
A droga, a princípio, não era detectada em exames antidoping. O Balco fez eclodir o maior escândalo de doping do esporte norte-americano.
Além de Marion Jones, Tim Montgomery (ex-recordista mundial dos 100 m) e Regina Jacobs (bicampeã mundial dos 1.500 m) foram punidos em razão do esquema do laboratório.
A Iaaf também anunciou a suspensão de dois anos de Marion Jones, até 7 de outubro de 2009, mas ela já anunciara aposentadoria no mês passado. Terá de devolver os medalhas e os prêmios obtidos -cerca de US$ 1 milhão (R$ 1,8 milhão).
Com a punição, Marion Jones perderá o ouro nos 100 m, nos 200 m e no 4 x 400 m, além dos bronzes no 4 x 100 m e no salto em distância de Sydney.
A Iaaf não tomou decisão em relação aos 100 m. A segunda colocada, que em teoria herdaria o ouro da americana, foi a grega Ekaterina Thanou.
Só que Thanou teve o nome envolvido em suspeitas de doping também. Ela e seu compatriota Kostas Kenteris, campeão olímpico dos 200 m em Sydney, forjaram um acidente de moto às vésperas da Olimpíada de Atenas-2004 para escapar do teste antidoping.
Eles acabaram suspensos por dois anos. Para entidades esportivas, recusar-se a fazer o exame é punido da mesma forma que um teste positivo.
O ouro feminino dos 100 m será definido pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que distribuirá as medalhas de Marion. É provável, segundo já declarou o presidente do COI, Jacques Rogge, que a prova não tenha uma vencedora.


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