DA REPORTAGEM LOCAL

No dia em que celebrou sua centésima vitória no Parque Antarctica à frente do Palmeiras, o técnico Vanderlei Luxemburgo deixou o estádio escoltado pela Polícia Militar.
Três homens da Rocam (Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas) seguiram o carro do treinador depois da vitória por 2 a 0 sobre o Ipatinga.
O episódio reflete o momento tenso vivido por Luxemburgo desde que ele teve seu veículo cercado por um conselheiro e alguns sócios após a derrota para o Grêmio (1 a 0), no último dia 9, quando saía do estádio palmeirense.
Naquela mesma semana, ocorreria a briga com membros da torcida organizada Mancha Alviverde, em Congonhas, que rendeu ao treinador uma fratura no cotovelo direito.
Ontem, o comandante afirmou estar "com o coração apertado" e que tem ido trabalhar por "obrigação profissional".
"Não estou feliz. Não tenho tido prazer em pegar o carro e ir dar treino", falou Luxemburgo, que, na entrevista coletiva concedida durante a semana, no CT do clube, já havia se mostrado abatido.
Apesar disso, o técnico do Palmeiras negou que o discurso tenha sido um indício de que deixará o clube após o Brasileiro.
"Não estou repensando meu contrato, mas minha cabeça ficou meio complicada depois do que aconteceu. Nunca imaginei que eu, que tenho uma história tão bonita no clube, fosse passar por uma situação como essa", declarou.
Em outro momento da entrevista, entretanto, Luxemburgo afirmou que, se não conseguir voltar a trabalhar com a mesma alegria de antes, sair poderá ser a solução.
"Eu quero voltar a ser feliz. Se eu sentir que isso não será possível aqui no Palmeiras, aí eu vou embora", afirmou o técnico.
Luxemburgo, que vem sendo criticado por alguns conselheiros, tem contrato com o Palmeiras até o final do ano que vem. (RC)


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