Entidade irá debater o maior escândalo da Europa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fifa anunciou ontem que convocará um congresso extraordinário em 2 de dezembro, dois dias antes do sorteio dos grupos da Copa, para tratar dos vários incidentes nas repescagens para o Mundial e do recente escândalo de manipulação de resultados na Europa.
"Devido aos recentes eventos no mundo do futebol, incidentes nos playoffs para a Copa de 2010, controle do jogo (arbitragem) e irregularidades no mercado de apostas, o presidente da Fifa [Joseph Blatter] convocou um congresso extraordinário do Comitê Executivo", diz o comunicado da entidade.
As autoridades alemãs criaram uma força-tarefa para investigar os cerca de 200 jogos que teriam sido arranjados em nove países europeus.
Theo Zwanziger, presidente da federação alemã, disse que o futebol tem que trabalhar conjuntamente com o Estado para resolver o problema. "Sozinha, uma federação não pode fazer nada", declarou o dirigente.
A Procuradoria de Bochum está cuidando do caso, que, segundo Zwanziger, envolve o crime organizado. A força-tarefa tem membros da federação e da liga de futebol do país.
O dirigente, assim como a Procuradoria de Bochum, não quis divulgar nomes de envolvidos no caso, que consumiu vários meses de investigação.
O diário alemão ""Süddeutsche Zeitung" divulgou uma lista parcial de partidas manipuladas. Na lista, aparecem um jogo da primeira divisão turca (Ankaraspor x Bursaspor), um da croata (Zadar x Hadjuk Split) e várias partidas de outras divisões e categorias.
Os jogadores do Zadar teriam recebido 30 mil para sua equipe perder por grande diferença de gols: perdeu de 3 a 0.
Segundo o diário alemão, há dois personagens importantes no esquema de corrupção: o croata Ante Sapina, que já protagonizou outro escândalo do tipo -resultou na prisão de um árbitro, Robert Hoyzer-, e o turco identificado como Deniz C., residente na região do Ruhr.
Dentre as várias ligas que foram afetadas na Europa por partidas arranjadas, segundo investigação feita em vários países, está a Copa dos Campeões. Além de 17 pessoas presas, há mais de 200 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que a Uefa considera o maior do continente.


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