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Em baixa, Palmeiras dá desconto nos ingressos
Após majorar preços nos tempos de líder, clube reduz valores em todo o estádio
Diretoria afirma que redução
de até 50% nos bilhetes já
estava planejada e é para
"agradecer" ao torcedor pelo
apoio dado o ano inteiro
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para ver o time na liderança,
o torcedor do Palmeiras teve de
colocar a mão no bolso. Agora
que a equipe caiu para o quarto
lugar e precisa vencer de qualquer jeito, ele ganhou desconto.
A diretoria decidiu reduzir o
preço dos ingressos em todos
os setores do Parque Antarctica
para a partida diante do Atlético-MG, no próximo domingo,
que poderá recolocar o clube na
disputa pelo título do Brasileiro
ou até afastá-lo do G4.
Para as arquibancadas, que
custavam R$ 40, a torcida vai
pagar R$ 20 (50% de desconto).
Apenas na estreia da equipe
em casa, diante do Coritiba, e
no duelo ante o Vitória, cerca
de um mês depois, o ingresso
custou o mesmo que agora. Isso
porque havia "concorrência"
com a Taça Libertadores.
Em outros lugares, os valores
despencaram ainda mais se
comparados com a última exibição palmeirense em casa,
contra o Sport, no dia 11.
As numeradas descobertas,
por exemplo, passaram de R$
80 para R$ 30. As cobertas foram de R$ 150 para R$ 60.
Até mesmo o camarote premium, setor mais nobre do Parque Antarctica, sofreu queda
(de R$ 200 para R$ 100).
O diretor financeiro do Palmeiras, Fábio Raiola, negou
que os preços tenham sido alterados em razão da queda do time no Campeonato Brasileiro.
"Independentemente da posição em que o Palmeiras estivesse hoje, faríamos a mesma
coisa. Queremos agradecer ao
torcedor por tudo o que ele fez
pelo time no ano", disse Raiola.
Segundo o diretor, a decisão
foi tomada em reunião com o
vice Gilberto Cipullo e o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo.
Quando o clube estava em alta, porém, uma das primeiras
medidas dos cartolas foi majorar os ingressos, que custavam
R$ 30 no local mais barato -as
arquibancadas- e passaram
para os R$ 40 que figuraram na
maior parte do campeonato.
A iniciativa foi feita logo após
a vitória sobre o Internacional
(2 a 1), em 22 de agosto, quando
a equipe abriu dois pontos de
vantagem sobre o Goiás, então
o segundo colocado do torneio.
Na época, Raiola afirmara à
Folha: "Com o time bem, o torcedor vai sempre apoiar".
De fato, nos dois jogos seguintes que fez em casa -contra Barueri e Atlético-PR-, o
clube manteve a média de público alta (cada um foi visto por
mais de 23,3 mil pagantes) e bateu recordes de arrecadação.
Contribuiu para o sucesso da
investida dos dirigentes a boa
campanha da equipe, até então
invicta em seu estádio.
Curiosamente, dois jogos depois de ter inflacionado os preços dos bilhetes, o time entrou
em declínio e só venceu um dos
quatro duelos que disputou em
casa, contra o Goiás.
Diante do Sport, o reflexo da
queda alviverde atingiu as bilheterias. Mesmo sendo um
confronto decisivo, ele foi visto
por 17.133 pagantes, público
abaixo da média do clube no
Brasileiro -18.037, de acordo
com as estatísticas da CBF.
"Quando o jogo é às dez horas
da noite fica difícil. Aí, nem se
colocar o ingresso a R$ 10 você
enche o estádio", diz Raiola.
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