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Por acesso, Portuguesa apela para mala branca
SÉRIE B
Além de vencer o Sport, time depende de rival para voltar à elite
LUIZ COSENZO
DE SÃO PAULO
A mala branca pode até
não aparecer, mas jogadores,
técnico e dirigente da Portuguesa já admitem publicamente a possibilidade de oferecer dinheiro extra para os
atletas da Ponte Preta na última rodada da Série B.
Quinta colocada com 59
pontos, o time paulista precisa vencer o Sport, em Recife,
além de torcer por uma derrota do América-MG, quarto
colocado (62 pontos), para a
Ponte Preta, fora de casa.
Os jogadores da Portuguesa pedem abertamente para
a diretoria enviar a mala
branca (incentivo financeiro)
para o time de Campinas.
"Temos que fazer primeiro
a nossa parte e esperar que a
Ponte vença o América-MG.
Espero que a diretoria da Portuguesa possa enviar um incentivo financeiro para a
Ponte. Por enquanto, ainda
não comentaram nada", disse o atacante Fabinho.
"É normal no futebol esse
incentivo. Dinheiro para perder eu não concordo, mas um
incentivo para ganhar é sempre válido", declarou o jogador, que revelou ter recebido
mala branca, no ano passado, quando atuava pelo Guarani. "Prefiro não revelar o time", afirmou o atacante.
O goleiro Weverton repete
o mesmo discurso de seu
companheiro de equipe.
"É uma atitude válida. Dinheiro para uma equipe vencer é sempre válido. Se a diretoria tomar essa atitude, vai
ter o apoio de todo o nosso
elenco", falou Weverton.
Já o treinador Sérgio Guedes tentou se esquivar do tema. "Esse assunto é um critério administrativo", disse o
ex-goleiro. Na sequência,
Guedes falou que a mala
branca é antiga no futebol.
"Não deixa de ser um estímulo para os jogadores. Esse
incentivo acontece desde
que o futebol existe", disse.
Apesar do pedido dos atletas, o presidente do clube,
Manuel da Lupa, descartou
oferecer mala branca.
"Negócio de mala estou fora. Não tem cabimento uma
diretoria se meter nessa situação. Falei com o presidente da Ponte [Sérgio Carnielli]
e pedi para ele jogar com o time completo e ajudar a Portuguesa", declarou o dirigente, que jogou a responsabilidade para seus jogadores.
"A gente que está no futebol sabe que os jogadores
conversam entre eles. Os
atletas têm uma premiação
pelas conquistas e nada impede que eles ofereçam uma
premiação", completou o
presidente da Portuguesa.
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