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Ícone feminino comanda homens
BASQUETE
Nancy Lieberman, 52, lenda do esporte, é a primeira mulher a treinar time ligado à NBA nos EUA
DE SÃO PAULO
Nancy Lieberman, 52, é a
primeira mulher da história
do basquete profissional dos
Estados Unidos a comandar
uma equipe masculina.
Ela é a treinadora do Texas
Legends, da D-League, a liga
para desenvolvimento de
atletas novatos da NBA. A
equipe é de propriedade de
Donnie Nelson, sócio e presidente do Dallas Mavericks.
Sua estreia ocorreu há seis
dias, na derrota para o Rio
Grande Valley Vipers, por 123
a 115, com direito a transmissão ao vivo pela TV.
Desde que foi anunciada
como a treinadora do Legends, Nancy calcula que
deu mais de cem entrevistas.
A pergunta quase sempre
é a mesma: Como uma mulher pode dar ordens a uma
equipe masculina?
A resposta costuma ser
igual: "As mulheres sempre
estão dizendo o que fazer aos
homens: suas mães, avós,
namorada, noiva, ex-mulher. Não vai haver diferença
no basquete", diz a técnica.
Nancy tem o respeito e a
admiração dos amantes do
basquete nos Estados Unidos. Como atleta olímpica em
Montréal-1976, aos 18 anos,
conquistou a medalha de
prata ao perder a final para a
extinta União Soviética.
Foi a primeira jogadora a
atuar em uma liga masculina, a extinta USBL (sigla em
inglês para a Liga de Basquete dos EUA). Era a única mulher em ação em um time de
homens. Jogou pelo Washington Generals, em 1986.
Atuou em times da WNBA,
o campeonato profissional
feminino. Em 2008, foi a jogadora mais velha a atuar em
torneios de alto nível.
Aos 50, defendeu o Detroit
Shock, quebrando seu próprio recorde de atleta mais
velha na WNBA -jogara pela
última vez 11 anos antes, pelo
Phoenix Mercury, aos 39.
Tentou a sorte como treinadora do Detroit Shock,
mas deixou a equipe após
três anos sob a acusação de
ter feito sexo com uma atleta.
Desde então, assumiu a
posição de comentarista do
canal ESPN até surgir o convite de Nelson para comandar o Texas Legend.
Inspirado pela filha Christie, 19, Nelson contratou
Nancy. "As chances de uma
mente brilhante do basquete
ser a de um homem são as
mesmas de uma mulher",
calculou Donnie Nelson.
Os jogadores ainda não se
adaptaram. "Nunca havia tido a experiência de ter uma
mulher me dizendo o que fazer na quadra. Mas Nancy sabe o que está falando. Ela tem
uma aura especial", elogiou
o pivô Sean Williams, que já
defendeu o New Jersey Nets.
O segundo jogo de Nancy
Lieberman como treinadora
será na sexta-feira, contra o
Idaho Stempede.
Com as agências de notícias
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