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filho pródigo
F-1 festeja retorno de Schumacher às pistas em 2010
Abalada por disputas internas e o escândalo da Renault em 2009, categoria ganha fôlego com volta de heptacampeão
Com quase 41 anos, alemão fecha acordo com Mercedes por três temporadas, diz que "as coisas mudaram" e que vai correr para ser campeão
Reprodução de imagem de TV/Efe
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Na sede da Mercedes, Schumacher anuncia seu retorno à F-1 ao lado do chefe de equipe Ross Brawn
DA REPORTAGEM LOCAL
Após sofrer uma temporada
de sobressaltos, a F-1 terá de
volta seu maior campeão em
2010. Michael Schumacher, 40
anos, 41 no próximo dia 3 de janeiro, dono de sete títulos
mundiais e de quase todos os
recordes da categoria, anunciou ontem seu retorno após
três anos de aposentadoria.
O alemão, que não compete
desde o GP Brasil de 2006, será
piloto da Mercedes GP, antiga
Brawn, que encerrou esta temporada faturando tanto o título
de Pilotos, com Jenson Button,
como o de Construtores.
Com um contrato de três
anos, Schumacher vai se tornar, em 2010, o piloto mais velho a pilotar um F-1 desde 1995,
quando Nigel Mansell, na época com 41 anos, disputou duas
corridas pela McLaren. O alemão, porém, volta com pretensões claras. "Não penso em nada menos que o título."
A notícia do retorno do heptacampeão não poderia ter vindo em melhor momento para a
F-1. Em 2009, a categoria teve
sua credibilidade abalada após
Nelsinho Piquet ter confessado
que sua batida no GP de Cingapura, um ano antes, fora arquitetada para favorecer a vitória
de seu companheiro de time, o
espanhol Fernando Alonso.
Além do escândalo da Renault, a F-1 atravessou momento conturbado no meio da temporada, quando as equipes
ameaçaram disputar uma categoria paralela caso o regulamento de 2010 não fosse revisto. O presidente da FIA, Max
Mosley, recuou, atendeu os desejos dos times e retirou-se do
comando para dar lugar ao recém-eleito Jean Todt.
O movimento de Schumacher, aliás, é um presente para o
ex-diretor ferrarista, que até
ontem tinha uma temporada
de estreia quase experimental
pela frente -novo regulamento, mais times e mais corridas.
A perspectiva, agora, muda
completamente. Em agosto,
quando Schumacher, a pedido
da Ferrari, cogitou substituir o
acidentado Felipe Massa no GP
da Europa, houve uma corrida
aos ingressos duas semanas antes da prova em Valência.
O desejo dos fãs de ver o heptacampeão em ação acabou
frustrado. Schumacher desistiu
do retorno após sentir, durante
testes, dores no pescoço, decorrentes de um acidente de moto
que havia sofrido pouco antes.
Ao anunciar sua volta, ontem, o
alemão afirmou que foi justamente essa tentativa frustrada
que o motivou a retomar a carreira de piloto profissional.
"Fiquei surpreso comigo
mesmo, em como eu estava veloz e fortemente comprometido com aquilo novamente.
Aparentemente, minhas baterias foram recarregadas completamente durante os últimos
três anos", afirmou Schumacher em seu site oficial.
"Até pouco tempo atrás, eu
estava absolutamente certo de
que eu tinha encerrado minha
carreira como piloto. Mas, às
vezes, as coisas mudam repentinamente. Então, você tem
que reconsiderar suas decisões.
E, para dizer a verdade, a tentativa de retorno no último verão
me deu motivos para reconsiderar minha situação."
Segundo o alemão, as dores
no pescoço que o incomodaram
no meio do ano sumiram e ele
se sente em forma para pilotar.
"Acredito que ainda posso
ser totalmente competitivo. E o
meu pescoço não é mais um
problema", falou o alemão.
Com agências internacionais
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