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Pesquisas do Datafolha nos últimos dez anos apontam estabilidade no número de torcedores dos grandes na capital paulista
Fidelidade ao time é marca paulistana
DA REPORTAGEM LOCAL
O corintiano tem a fama de fiel,
mas a pesquisa Datafolha sobre a
preferência do paulistano no futebol mostra que esse adjetivo vale
para os outros grandes da cidade.
Mesmo com a gangorra de títulos, campanhas ruins e até rebaixamento, a fatia de cada equipe
no bolo dos torcedores pouco
mudou nos últimos dez anos.
Entre os levantamentos do Datafolha em maio de 1993 e agora, a
variação dos fãs de Corinthians,
Palmeiras, Santos foi praticamente inexistente. Apenas o São Paulo, que viveu um período excepcional no início dos anos 90, mas
que logo voltou aos patamares
tradicionais, registrou variação
maior, de 11 pontos percentuais.
Nesses dez anos, o Corinthians
conquistou taças como nunca antes na sua história. Foram, entre
outros, dois Brasileiros, cinco
Paulistas e o Mundial da Fifa.
Tudo isso não foi capaz de fazer
o clube ganhar popularidade na
cidade. Em 1993, 32% dos paulistanos se declaravam corintianos,
1% a menos que o índice atual,
que tem margem de erro de 2%;
A vantagem do time do Parque
São Jorge para a concorrência, no
entanto, não diminuiu.
Em situação oposta à do Corinthians em matéria de títulos na
década passada, o Santos também
manteve a mesma preferência. O
time tinha 7% dos corações paulistanos em 1993. Hoje, tem 7%.
Nesse intervalo, o time só conquistou um título de primeira linha: o do Brasileiro de 2002.
Essa conquista, aliás, não impulsionou o clube. No final de
2002, em outra pesquisa Datafolha, a equipe do litoral também tinha 7% das preferências.
Depois de conseguir uma grande expansão no início da década
passada, com dois títulos do
Mundial interclubes, o São Paulo
manteve sua popularidade nos últimos anos, quando as conquistas
ficaram mais raras. Em 1993, o
clube era o preferido de 31% dos
moradores da cidade de quem
empresta o nome. Em 1995, já
caiu para 21%. Hoje, tem 20%.
Tanto os anos de ouro sob o patrocínio da Parmalat como o rebaixamento influíram pouco na
popularidade do Palmeiras.
Em 1993, no segundo ano da
parceria com a empresa italiana, o
clube era dono de 15% dos fãs
paulistanos. No final de 2002, depois da queda para a Série B, tinha
13%. Agora, conta com 15%, variação dentro da margem de erro.
A fidelidade paulistana, segundo outras pesquisas do Datafolha,
não se repete em outras partes do
país. O próprio Corinthians é o
maior exemplo disso.
O clube tinha 3% das preferências no Nordeste em 1993. Em outro levantamento, realizado no final de 2002, 10% dos nordestinos
se diziam corintianos.
A agremiação mais popular de
São Paulo também conseguiu fatias expressivas na preferência
dos torcedores em Minas Gerais e
no Paraná nos últimos anos.
A falta de bons resultados e títulos também fez com que os seguidores do Flamengo diminuíssem
em algumas áreas do país.
Há dez anos, o clube carioca era
apontado como o preferido de
27% dos moradores das regiões
Norte e Centro-Oeste. Em 2002,
seu índice caiu para 20%.
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