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Base perde espaço no Corinthians-09
Time atual, que hoje enfrenta Bragantino pelo Paulista, não tem nenhum atleta prata da casa entre os seus 11 titulares
Para a diretoria, revelações
têm que ser lançadas com
cuidado; para a oposição,
a administração exagerou
no número de contratações
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua versão 2009, o Corinthians deixou os "filhos do terrão" órfãos. Na partida de estreia no Paulista e na de hoje, às
17h, contra o Bragantino, nenhum atleta da equipe titular
foi revelado pelo clube.
O alvinegro, que tem tradição
de revelar bons jogadores, sofre
com as mudanças frequentes
em suas categorias de base.
Quando Andres Sanchez assumiu a presidência, no ano passado, ele nomeou o técnico Cilinho para coordenar os pratas
da casa. Não durou muito.
Ele foi demitido sob a alegação de que seus métodos eram
ultrapassados e que estava
pressionando os atletas a trabalharem com alguns agentes.
Do atual elenco de 29 jogadores, oito foram revelados pelo
clube, mas alguns deles, que já
foram titulares, perderam espaço com Mano Menezes. Casos do volante Bruno Octávio e
do meia-atacante Lulinha, que
nem no banco ficaram contra o
Barueri. No ano passado, Lulinha teve várias chances na
equipe titular, mas não emplacou. Dirigentes do clube avaliam que o atleta, encarado inicialmente como fenômeno, foi
"queimado" por ter sido promovido ao time profissional no
ano da queda para a Série B.
A multa rescisória do jogador, que tem contrato até 2012,
é de US$ 50 milhões (cerca de
R$ 115 milhões). Neste ano, subiram os goleiros Danilo e Rafael e o zagueiro Diego.
Eles juntam-se ao goleiro Júlio César, ao zagueiro Renato,
ao volante Marcelo Oliveira e
ao atacante Dentinho.
Este último, aliás, é a esperança da diretoria em fazer caixa e, até agora, o único que de
fato correspondeu às expectativas. Foi artilheiro do time na
temporada passada, com 24
gols. Mesmo assim, não tem
posição assegurada quando retornar da seleção sub-20 que
disputa o Sul-Americano da categoria na Venezuela.
A diretoria afirma que precisa ter mais cuidado agora ao
lançar suas revelações.
""Não é necessário ficar entrando gente da base no time.
Precisamos é ter um time forte
e experiente agora", afirma o
conselheiro corintiano André
Luiz de Oliveira, ligado ao departamento amador.
Até na época da parceria com
a MSI, que recheou o time de
estrelas, como o argentino Tevez, o clube dava mais espaço a
seus pratas da casa. Na época,
13 compunham o elenco, e vários deles, como Betão, Rosinei
e Jô, eram titulares. Em 2007,
ano do rebaixamento, o clube,
já em situação financeira precária, também apostou alto em
revelações, mas de modo precipitado. Chegou a ter mais da
metade do time titular com
atletas formados na base.
"Hoje, não precisamos vender jogador, estamos com dinheiro. Vem dinheiro daqui,
dali, e dá para segurar os atletas", justifica Oliveira.
A oposição, por sua vez, tem
outra tese: afirma que as revelações foram sufocadas pelo
número de jogadores contratados pela atual diretoria.
No ano passado, o elenco
chegou a ter mais de 38 jogadores. "Se contratar mais de 30 jogadores, você não dá espaço
mesmo para as revelações", diz
o candidato a presidente pela
oposição, Osmar Stábile.
Neste ano, o Corinthians ainda apostou em um elenco mais
maduro. A média de idade em
relação ao time de 2008 subiu
de 23,5 para 25 anos.
NA TV - Bragantino x Corinthians
Globo (para SP) e Band (para SP),
ao vivo, às 17h
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