São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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C13 tenta constranger dissidentes

RACHA
Entidade publica valores e desafia clubes a arrecadar mais

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Clube dos 13, contrariado com a deserção de Corinthians, Coritiba e dos quatro grandes clubes cariocas, partiu para o contra-ataque.
A entidade trabalha para divulgar o valor que seria possível arrecadar sem que tivesse ocorrido o racha.
A ideia é constranger os cartolas dos clubes que deram as costas à associação.
O edital publicado ontem exige o preço mínimo de R$ 500 milhões por ano de contrato. A Globo, por oferecer "maior exposição" tem a vantagem de vencer a concorrência mesmo que faça uma proposta 10% menor.
Assim, o mínimo para as demais emissoras iria a R$ 550 milhões em cada uma das três temporadas a partir de 2012 -o Campeonato Brasileiro de 2011 é da Globo e não sofre qualquer alteração.
De acordo com o atual contrato, a Globo pagou R$ 230 milhões anuais pela transmissão na TV aberta.
O pacote com pay-per-view, TV fechada e internet rende outros R$ 170 milhões.
A intenção do C13 é vender cada modalidade separadamente. Sem contar a TV aberta, a entidade espera arrecadar R$ 800 milhões anuais.
"Quem pensar um pouco vai voltar atrás", declarou ontem o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, um dos líderes da "resistência", ao lado de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.
Pelas contas do C13, o Corinthians (assim como Palmeiras, São Paulo, Flamengo e Vasco) passaria a ganhar R$ 42 milhões pela exibição do Brasileiro na TV aberta.
Até este ano, o ganho foi de R$ 16,8 milhões.
"Os presidentes que saíram precisam explicar aos seus conselheiros e torcedores quanto a mais vão ganhar sozinhos", disse Juvêncio.
Ontem, Andres Sanchez ironizou essas ameaças. "Podem ficar tranquilos que eu vou ganhar mais do que R$ 42 milhões", disse o corintiano. Andres aposta ser possível chegar a R$ 70 milhões.
O C13 diz ser possível ultrapassar os R$ 100 milhões anuais com a soma de outras mídias. "Estão otimistas demais. Se for isso tudo, eu volto para o Clube dos 13 amanhã", desdenhou Andres. "Sou humilde, se estiver errado volto atrás. Mas acho que não estou errado."
Andres quis bater mais forte no grupo que abandonou. Mas o C13 entendeu como um recuo. "O tom foi amenizado, eu não vejo outra saída que não a união", disse Kalil.


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