DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Paulista liberou ontem a parte da renda do jogo decisivo do Campeonato Paulista a que o Corinthians tem direito.
A entidade havia bloqueado R$ 149 mil referentes apenas aos bilhetes vendidos no Morumbi para a segunda partida contra o São Paulo, no último sábado, conforme publicou a Folha ontem.
O dinheiro deveria ter sido depositado na conta do clube do Parque São Jorge na última sexta-feira, mas a entidade reteve a quantia alegando que ela seria usada para cobrir um empréstimo feito pelo Corinthians em dezembro de 2002.
Porém, para os corintianos, o bloqueio foi uma retaliação da FPF pelo fato de o clube ter recorrido ao STJD para fazer valer o regulamento do Paulista, que lhe dava a vantagem em caso de empate no saldo de gols na final.
Ontem pela manhã, quando a equipe embarcou para o México, onde enfrentará amanhã o Cruz Azul, pela Libertadores, o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, procurou não demonstrar preocupação com o bloqueio.
"Quando o time está bem em campo, todos os outros problemas acabam sendo resolvidos", disse o dirigente, antes de o dinheiro ser liberado pela entidade.
Porém, a FPF ainda deve R$ 600 mil prometidos ao campeão do Estadual e duas cotas de R$ 500 mil cada uma referentes ao televisionamento do torneio.
O dinheiro liberado ontem não será suficiente para o clube pagar a todos os jogadores a premiação oferecida pela conquista do título, cerca de R$ 25 mil por jogador.
Os corintianos também contam com o dinheiro que têm para receber da FPF para colocar em prática o seu plano de reforçar o time reserva. A idéia é diminuir a diferença de nível técnico entre os titulares e seus substitutos.
Assim, caso avance na Libertadores, Geninho poderá poupar alguns atletas no Brasileiro.
Os corintianos se classificarão com duas rodadas de antecedência para a próxima fase se ao menos empatarem com o Cruz Azul.
Além de um atacante, mais dois jogadores podem ser contratados.


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