FLÁVIO ILHA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A construtora OAS anunciou ontem, em Porto Alegre, que vai manter o investimento de R$ 400 milhões na construção da nova arena do Grêmio, apesar de não ter financiamento aprovado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Com inauguração prevista para o fim de 2012, a obra está atrasada, pois a própria OAS previra, em 2008, que teria o financiamento até o último dia 5.
O EVU (Estudo de Viabilidade Urbana) e os estudos de impacto ambiental do projeto ainda não foram aprovados. Sem as licenças prévias, não há como obter financiamento.
Carlos Barreto Neto, diretor da OAS, que se reuniu ontem com dirigentes do Grêmio, disse que as negociações com o BNDES estão "avançadas".
Pelo contrato que a OAS tem com a Grêmio Empreendimentos -empresa responsável pelo projeto-, a construtora terá de arcar com R$ 220 milhões e financiar os 45% restantes.
A OAS poderá explorar a arena, ao lado do Grêmio, por 20 anos e conduzir operações comerciais no entorno dela, que incluem a construção de shopping center, hotel quatro estrelas e centro de convenções.
O projeto total está orçado em R$ 1 bilhão. A OAS receberá a área do estádio Olímpico, onde fará prédios residenciais.
O grupo quer usar a nova arena na Copa das Confederações, em 2013 -historicamente, só arenas que sediam jogos do Mundial são usadas no torneio. O Beira-Rio, do Inter, é o estádio indicado pelo governo gaúcho para a Copa de 2014.
Nos primeiros sete anos e meio de contrato, toda a receita líquida da nova arena irá para o clube. Nos anos restantes, a OAS ficará com 35% do lucro do empreendimento, mas terá de pagar uma cota fixa de R$ 14 milhões por ano ao Grêmio.
O início das obras da arena, para 52,5 mil torcedores, está programado para julho, mas o Grêmio admite atraso.


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