São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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MEMÓRIA

Segundo no grid há dez anos faz alerta sobre curva

DO ENVIADO A IMOLA

Talvez seja inconsciente. O fato é que Michael Schumacher usa o mesmo discurso em Imola todos os anos. Ontem, a história se repetiu. "A primeira curva é sempre complicada."
A primeira curva chama-se Tamburello. E, lá, Schumacher viu bem de perto a maior tragédia da história da pista italiana.
Foi no GP de San Marino de 94, no dia 1º de maio. Como hoje, o alemão, então na Benetton, era o segundo no grid. À sua frente estava Ayrton Senna, da Williams. Os dois largaram e mantiveram as posições nos primeiros metros do GP. Mas ainda na primeira volta, a direção de prova liberou a entrada do safety-car: Pedro Lamy e J.J.Lehto haviam batido.
O safety-car era novidade na F-1. O carro segurou 23 pilotos por cinco voltas, até que os restos da batida fossem retirados.
Na relargada, Senna manteve a ponta, pressionado pelo rival. Contornaram, assim, a sexta volta, a última do tricampeão.
Na abertura da sétima, na Tamburello, o Williams subitamente escapou da pista a 307 km/h. Passou pela brita e bateu no muro a 216 km/h. No choque, um braço da suspensão entrou entre a viseira e o capacete e matou Senna.
Quem até aquele dia não sabia o nome da primeira curva nunca mais esqueceu. (FSX)


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