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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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Em SP, estatuto anda; no RJ, vira "babaquice"

DA SUCURSAL DO RIO
E DA REPORTAGEM LOCAL

"Não tive problema nenhum."
Quem disse isso foi um torcedor finlandês, Henkka Kesseli, que foi ao Pacaembu ontem.
Se o europeu aprovou, alguns brasileiros apontaram falhas no "jogo modelo" prometido pelo Corinthians aos seus fiéis.
"Fiquei 15 minutos em uma fila. Nesta, estou há mais de meia hora", disse Hélio Aisen, que torcia do lado de fora do Pacaembu com mais centenas de torcedores com a partida já em andamento.
Regulamento e tabela do Brasileiro foram afixados em algumas das entradas do estádio. Monitores (alguns desorientados) de uma empresa terceirizada orientavam os torcedores, que enfim ficaram com comprovante de pagamento pelos ingressos. Os banheiros químicos colocados pelo Corinthians ajudaram na higiene.
Mas o Estatuto do Torcedor não teve como evitar a ação de cambistas nem de ambulantes, que vendiam camisas piratas e produtos alimentícios de qualidade duvidosa sem problemas.
Outro ponto do estatuto que não funcionou como deveria foi a divulgação de renda e público. Ela ocorreu só após o apito final.
No Rio, a lei foi desrespeitada.
O presidente do Vasco, Eurico Miranda, chamou de "babaquice" a interpretação de que seria obrigatória a venda de ingressos em cinco pontos diferentes e 72 horas antes de Vasco x Ponte Preta. E não cumpriu a determinação, que consta do estatuto. Só valeria para "jogos de apelo", disse o dirigente. "Não tem sentido venda antecipada em vários pontos para partidas com mil torcedores."
Regras e tabela do Brasileiro não foram afixados na entrada do estádio. Segundo Eurico, a obrigação é da CBF, não dos clubes. O artigo 5º da lei fala em "competições administradas pelas entidades de administração do desporto". Para o vascaíno, a CBF é a "entidade", e a responsabilidade de pôr os documentos seria dela.
O Vasco também não providenciou orientadores para ajudar o público. Eurico afirmou que isso só será compulsório quando os estádios tiverem lugares marcados e espaços para os deficientes.


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