São Paulo, domingo, 25 de maio de 2008

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Experiência é trunfo de Christian diante de "novatos"

DA REPORTAGEM LOCAL

Christian já fez sete gols pela Portuguesa na temporada. Traz no currículo a experiência adquirida nos mais de 15 clubes que defendeu. Hoje, ele quer transformar o peso de seus 33 anos em arma contra a jovem dupla de zaga do Palmeiras.
"A vida de centroavante é complicada. Pego zagueiros dessa faixa etária [mais baixa] e tenho de driblar diferença de idade e de vigor físico com experiência e posicionamento", afirma o camisa 9 da Lusa.
O desafio para ele hoje são dois zagueiros com 21 anos cada um. David e Henrique -este último, convocado para os amistosos da seleção brasileira contra Canadá e Venezuela-, serão os responsáveis por parar o grandalhão atacante, que precisou mudar até sua principal característica para continuar rendendo diante de adversários cada vez mais jovens.
"Minha leitura de jogo hoje é melhor do que há dez anos. Antes eu trombava, ia para o choque. Hoje penso mais, faço de outra forma. E que bom que os gols continuam saindo", diz.
Esse estilo trombador que o levou até a seleção demorou, porém, a consagrá-lo.
O atleta ficou quatro anos rodando por clubes portugueses antes de retornar ao Internacional -onde começou em 1989-, para estourar em 1997.
Coincidentemente, foi no Pacaembu, palco do confronto de hoje, onde Christian viveu seu primeiro grande momento.
No seu debute em Brasileiros, ele calou os corintianos ao marcar os três gols do time gaúcho na primeira rodada do Nacional daquele ano (o jogo acabou 3 a 1 para o Inter).
"Depois desse jogo é que começaram a perguntar quem eu era, que comecei a dar entrevistas", lembra o atacante.
Apesar de não cravar a data, Christian pretende jogar por mais dois ou três anos. "Penso em caras como o Edmundo, que aos 35, 36, continuam jogando bem. Quero terminar por cima, em um time de ponta", planeja o jogador.
O Corinthians, por onde teve passagem relâmpago no ano passado, poderia ter sido essa equipe. "Não deu certo. Tinha contrato aqui [termina no final do ano] e não quiseram me liberar", disse Christian a respeito dos rumores de que retornaria ao Parque São Jorge.
Por ora, o atacante quer continuar sendo a voz do técnico Vágner Benazzi junto aos mais inexperientes no elenco.
"O Christian orienta muito dentro de campo. Mas só durante os treinamentos. Ele não tenta ser o treinador no vestiário. Isso é o que eu mais admiro nele", afirmou Benazzi.
Christian ainda fala superficialmente sobre uma possível carreira como treinador. Por enquanto, o único projeto que ele tem para a aposentadoria é relaxar em seu sítio em Taquara, no Rio Grande do Sul.
"No dia em que eu chegar num treinamento e não conseguir mais acompanhar os garotos, pego minhas coisas e vou para o sítio." (RC)


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