São Paulo, domingo, 25 de maio de 2008

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GP Brasil vislumbra temporada inchada

Tour de atletismo no país pode ganhar mais eventos

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil pode aumentar ainda mais sua temporada de eventos internacionais. O GP Brasil, que será hoje, em Belém, fecha o circuito nacional, que já passou por Uberlândia, Fortaleza, Rio e São Paulo.
"Acredito que ainda dá para programar mais uma ou duas competições por aqui. Há algumas cidades com potencial", afirma Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
O dirigente fala com entusiasmo de Bragança (SP), que possui a segunda maior equipe do país, a Rede Atletismo, com 79 membros, e terá um CT com pista oficial importada da italiana Mondo. "Eles estão fazendo arquibancada para 3.000 pessoas. Pedi que aumentassem para 5.000, e toparam."
O GP Brasil, carro-chefe do circuito, teve início em 1985, em São Paulo. Em seus anos de glória, quando havia poucas competições no calendário internacional, atraiu nomes como Carl Lewis e Sergey Bubka.
Em 1996, a prova se mudou para o Rio. De lá, seguiu para Belém, em 2002. O Rio retornou ao circuito em 2004.
No ano seguinte, foi a vez de Fortaleza organizar uma disputa. Em 2007, Uberlândia entrou no calendário. Neste ano, São Paulo se somou ao programa. Esses três eventos têm status de GP Sul-Americano.
Com premiação semelhante à do Rio, as provas servem de atrativo para estrangeiros que já viriam competir em Belém. "Há alguns anos comecei a perguntar aos atletas se eles gostariam de vir ao Brasil disputar mais de uma prova. A avaliação geral foi positiva. Daí acreditei que poderíamos aumentar o calendário", diz Gesta.
O problema do tour nacional é que agora ele enfrenta forte concorrência externa de eventos com premiação maior. É o caso do SuperGP do Qatar, no último dia 9, e do GP de Hengelo (Holanda), que foi ontem.
Assim, as principais estrelas em Belém serão brasileiros como Jadel Gregório (vice-campeão mundial no salto triplo), Maurren Maggi (prata no salto em distância no Mundial indoor de Valencia-08) e Fabiana Murer (bronze no salto com vara no mesmo campeonato).
Do exterior, o nome mais conhecido é Yumileidi Cumbá, campeã olímpica de arremesso de peso. A cubana, porém, não vem obtendo grandes resultados nos últimos tempos -foi prata no Pan do Rio, em 2007.


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