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41 dias
Santos revive duelo que deu pontapé para sua recuperação rumo à semifinal da Libertadores
LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
São 41 dias desde a última
vez que Santos e Cerro Porteño se encontraram, em Assunção, na penúltima rodada da fase de grupos da Libertadores da América.
O placar de 2 a 1 no Paraguai manteve o Santos vivo
no torneio quando a eliminação era mais palpável que a
classificação. A partida se
tornou o marco da recuperação santista no ano, após um
início de temporada trôpego.
Hoje, as duas equipes se
reencontram no Pacaembu
às 21h50 para a primeira partida das semifinais da Libertadores. E com o Santos em
posição mais confortável.
"Aquele foi nosso divisor
de águas", afirmou o meia
Danilo, autor do primeiro gol
santista em Assunção. "A
partir dali, iniciamos nossa
sequência de vitórias."
Daquele jogo, em 14 de
abril, em diante, o Santos
não perdeu mais. Na Libertadores, derrubou América-
-MEX e Once Caldas para alcançar as semifinais. No Paulista, bateu Ponte Preta, São
Paulo e Corinthians para ser
bicampeão estadual.
Uma derrota teria sido desastrosa, já que eliminaria a
equipe que investiu pesado
para conquistar o maior objetivo dos clubes brasileiros no
primeiro semestre.
Era só o segundo jogo de
Muricy Ramalho no banco
santista, e o time foi a Assunção com problemas sérios.
Suspensos, Neymar e Elano,
maiores salários do elenco
-recebem cerca de R$ 500
mil cada um-, nem viajaram. Assim como Zé Love.
Mas Danilo e Maikon Leite
marcaram os dois gols que
deram a vitória e o fôlego necessário para a competição.
"A arrancada começou lá",
reconheceu o goleiro Rafael.
"Mas agora é outra história", enfatizou o técnico Muricy, que conta com a confiança adquirida pelo time no
intervalo entre os confrontos.
"Nós mudamos muito, jogamos bem melhor", disse.
Ele, porém, lembra que o
Cerro Porteño também ganhou moral na reta final da
Libertadores. Chegou aos
mata-matas em virada heroica sobre o Colo-Colo, no Chile, por 3 a 2, após assistir ao
adversário abrir 2 a 0.
Depois, derrubou o Estudiantes, tetracampeão continental, e o Jaguares.
"Eles têm uma equipe
muito boa, que cresceu no
decorrer do campeonato",
avisou o atacante Neymar.
"Temos que ficar atentos à
bola parada, porque eles trabalham isso muito bem",
completou Muricy.
"Aqueles dois jogos [da fase de grupos] a gente pode tomar como um parâmetro,
mas agora é diferente, é semifinal", falou Rafael.
A série invicta e de recuperação do Santos teve início
com a chegada de Muricy,
mas o técnico prefere fugir
dos holofotes sobre si.
"Acho que o time é dos artistas, dos jogadores", falou.
"Prefiro que falem dos atletas, não gosto de ficar aparecendo. Quanto mais discreto
o técnico, melhor. São os jogadores que fazem a diferença", disse o comandante.
NA TV
Santos x Cerro Porteño
21h50 Globo (para SP),
Bandsports e Sportv 2
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