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Reserva, Kahn se desgarra do resto do grupo e evita união dos colegas
ENVIADO ESPECIAL A MUNIQUE
União é uma palavra que perpassa o discurso de quase todos
os jogadores alemães quando
indagados sobre as virtudes da
seleção durante o Mundial.
Ao menos um deles, contudo,
parece não integrar a "família"
que o técnico Jürgen Klinsmann criou. Oliver Kahn surge
em harmonia com seus colegas
apenas antes do jogo, quando
todos cantam o hino abraçados.
Depois, o goleiro, eleito como
melhor jogador da última Copa,
cumpre uma rotina própria,
desgarrado dos demais.
No intervalo do jogo de ontem, por exemplo, enquanto todos os reservas trocavam passes no gramado, Kahn caminhava de cabeça baixa.
Vez ou outra olhava para as
arquibancadas, como se procurasse alguém conhecido. Munique é a sua casa e a cidade onde
está localizado o Bayern, clube
que defende desde 1994.
Na comemoração dos dois
gols, também não se deixou
contaminar pela emoção de
Klinsmann, que abraçava todos
os jogadores ao seu redor.
Talvez porque o atual treinador seja o responsável pelo fim
de seu reinado na seleção
-Jens Lehmann acabou escolhido como titular após contenda que dividiu a Alemanha.
Segundo Oliver Bierhoff, ex-jogador que atua como manager da seleção, Kahn não está
desmotivado. A cara de poucos
amigos do goleiro é apenas uma
característica pessoal. "O grupo
está empolgado e caminhando
junto", afirma Bierhoff.0
(GR)
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